Quem não conhece o movimento escotista, tem como estereotipo que um escoteiro acampa – sendo maluco por fazê-lo em condições climatéricas por vezes menos favoráveis – e faz boas acções – sendo tão bonzinho, que chega a ser acéfalo.
Um escoteiro acampa, é certo. Mas acampar é mais do que dormir numa tenda. É sair da nossa zona de conforto, e conviver com a natureza, as suas maravilhas e adversidades. É encontrar um outro ritmo em nós, é perceber o essencial, é promover laços de amizade, é olhar as estrelas, é ouvir o silêncio.
Fazer boas acções não é ser acéfalo e ficar à mercês de necessidades e vontades alheias. É acreditar que podemos dar o nosso contributo por algo ou alguém, é mudar as circunstâncias e, quiçá, assim mudar um mundo, é saber que uma acção hoje vale mais que quaisquer intenções passadas ou futuras.
Ser escoteiro é um acto de cidadania. É incorporar uma transformação pessoal e social. Não é ser perfeito, é ser consciente de que podemos fazer melhor e tentar fazer o melhor possível.
Sem comentários:
Enviar um comentário