Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

28.2.14

10 anos depois (2011)

Um grupo de alunos reúne-se 10 anos depois de acabarem o secundário. O encontro é marcado não só pelas memórias, mas também pela confrontação da realidade e das expectativas que cada um tinha para as suas vidas e serve igualmente para avaliarem o seu crescimento individual e maturidade.

Titulo original: 10 Years * Argumento:& Realização: Jamie Linden * Elenco: Channing Tatum, Rosario Dawson, , Jenna Dewan-Tatum, Justin Long, Max Minghella, Oscar Isaac, Scott Porter, Aubrey Plaza

27.2.14

Sem Rumo e Sem Remos (2004)

Três amigos reencontram-se no funeral de outro amigo de infância. Para o homenagear, e num momento de impasse nas suas visas, decidem realizar o seu sonho de meninice e partem em busca do tesouro de DB, um aventureiro desaparecido. A viagem tornar-se-á na mais inesperada e inenarrável experiência, que lhes ensinaram oque realmente é importante na vida.
Bud movie com umas boas gargalhadas à mistura.

Titulo original: Without a Paddle * Realizador:Steven Brill * Argumentista:Fred Wolf e Harris Goldberg * Elenco: Matthew Lillard, Seth Green, Dax Shepard

26.2.14

Das conversas que nunca tivemos, nunca soube o que desejaria. Apenas adivinho a dor e a desilusão que provocámos. A solidão que fomos incapazes de colmatar e ele de reclamar. Os sonhos que ficaram por realizar, a casa, a companhia. Tudo o que não conseguimos ultrapassar.

25.2.14

A última vez que vi o meu pai foi na véspera da sua morte. Após um mês de internamento, acumulava-sea lgum cansaço relativo às visitas diárias com a incerteza das melhoras que tardavam ou que não se consubstaciavam. Enquanto o meu olhar vagava por outras histórias daquela salade UCI, o dele perdia-se já deste mundo. É como agora o vejo. Um olhar que se assutava por talvez ainda se encontrar deste lado, longe deles, onde espero que esteja. Se realmente houver um céu, um outro lado, espero que estejam os três juntos.

24.2.14

Caríssimo,

Espero que estejas bem e que as coisas tenham acalmado. Continuo a aguardar um contacto para podermos falar presencialmente.
Não te exijo nada a não ser uma merecida explicação para a tua súbita debandada. Tenho-te como uma pessoa inteligente e com uma capacidade de análise incrível. Infelizmente, até prova em contrário, também te revelaste mais imaturo do que tinha em conta.
O que fizeste foi fácil. Difícil é encarar as pessoas e dar a cara pelas nossas palavras e decisões. E ai foste muito menos do que eu, que assumo as minhas dúvidas e inseguranças.
A porta continua aberta e assim permanecerá mediante uma palavra tua. Mas nota: não aguardarei indefinidamente. Há sua inexistência, tomarei a iniciativa de encostá-la.

23.2.14

Ao pousar a moringa, Ruth ponderava desgostosa na felonia que a rodeava. Tentava perceber a sua origem e o que ganhavam aos demais com tais atitudes e comportamentos, mas não encontrava explicações suficientes. É certo que as suas vidas eram pautadas pela dureza, mas não era por isso que não podiam ser vividas em equinidade.

21.2.14

10 Anos #2: Agualusa e Kadaré

Os meus registos blogosféricos permitem-me situar no tempo o início de dois amores literários: José Eduardo Agualusa e Ismael Kadaré. O primeiro deu-se com a leitura de O Ano em que zumbi tomou o rio, que já há muito aguardava na estante lá de casa para ser descoberto. O segundo foi através, primeiro do visionamento do filme homónimo de Walter Salles, e posteriormente com a descobertas alguns meses depois que este era uma adaptação de uma obra oriunda dos seus antípodas e situada algures na planície albanesa. Em ambos os autores descobri o procuro na escrita: um olhar novo sobre a realidade, um quê de surreal e novas realidades. Tudo com a simplicidades e ciência que gostaria de possuir.

20.2.14

Elemento vs equipa

Ao constituir e construir equipas de trabalho é necessário seleccionar quem melhor se adequa aos projectos, às funções e ao ambiente de trabalho desejado. Naturalmente, o primeiro factor de selecção é sobre a prestação (notoriamente) útil das pessoas. No entanto, por vezes há que ponderar entre a capacidade profissional de um elemento e a sua incapacidade de trabalhar em equipa, minando todo um conjunto que se quer coeso. Por vezes, é preciso fazer um afastamento provisório e analisar o rendimento e coesão da equipa durante esse período. Será uma incapacidade individual ou do grupo em integrar o elemento? Em última análise, este será igualmente um período de aprendizagem para todos e um momento de reflexão sobre atitudes e competências de todos os envolvidos.

19.2.14

Há pessoas de todo o tipo: boas, más, assim-assim, que o são e não escondem, que escondem o que são, que não sabem que o são, que mesmo sabendo continuam a ser aquilo que não querem ser.
A necessidade de atenção de algumas leva-as a moldar a verdade à sua maneira de modo a sair favorecida. Será defeito? Será feitio? Dividir para reinar é uma estratégia antiquíssima. Mas será que estas pessoas não percebem que apenas levam a água ao seu moinho temporariamente, pois nenhuma mentira ou omissão dura para sempre e há sempre quem, pior ainda, se entretenha a levantar pontas soltas?

18.2.14

Se o futuro nos colocar de novo numa mesma circunstância, como reagiremos? Seremos capazes de pronunciar palavras educadas, emolduradas por sorrisos? Cépticos ou cínicos? Haverá mis do que um cumprimento social? Riremos de alguma tolice pronunciada pelos demais convivas?
Respeitarei quem e a casa de quem me convida, já o respeito pessoal terá de ser conquistado e não estou disposta a baixar barreiras. Mas creio não ter de me preocupar, pois não creio nessa intencionalidade.
 

17.2.14

Já?, Alberto Pimenta

“Já?
Já tentaste praticar o bem fazendo mal?
Já tentaste praticar o mal fazendo bem?
Já tentaste praticar o bem fazendo bem?
Já tentaste praticar o mal fazendo mal?
Já tentaste praticar o bem não fazendo nada? J
á tentaste praticar o mal fazendo tudo? J
á tentaste praticar tudo não fazendo nada?
e o contrário, já tentaste?
Já?
Seja qual for a tua resposta, não sei que te diga”.

16.2.14

Fosse Claus inaptente e talvez se juntasse a um cenóbio e dedicasse a sua vida aos outros. Mas não. Claus sentia no corpo todos os apelos da natureza e só conseguiria tamisa-los cedendo-lhes. Ou seja, só a si poderia servir.

14.2.14

Ousar viver uma vida que não se reja pelas regras e condutas dos demais. Quanto de nós o fazem. Quantos de nós renegam padrões, expectativas e pressupostos?
 

13.2.14

MACS

O desenvolvimento do meu raciocínio matemático cessou no 9º ano. Não sendo aquele que me é mais natural, ao escolher humanidades no 10º e letras na faculdade, além de congelar, nalguns aspectos decerto que regrediu, inclusive. Ao longo da minha vida profissional, tenho sentido necessidade de desenvolver conhecimentos e competências nesta área, como, por exemplo, a análise de dados em relatórios de contas e estatísticos.
Como nos tempos que correm a informação está ao nosso dispor das mais variadas formas, vou-me dedicar nos próximos tempos à MACS – Matemática aplicada às Ciências Sociais e desta forma colmatar algumas lacunas na minha formação.

12.2.14

Relações viciadas

Há momentos em que me dou conta de que alguns dos meus relacionamentos pessoais estão tão viciados que já não consigo estabelecer um ponto de entendimento com essas pessoas. Como será possível ultrapassar esta situação? Dialogar? Com certeza. Mas e quando se chega a um ponto em que o nosso cérebro se desliga ao percepcionar a voz do outro? E mesmo quando, ao ouvir, não se consegue acreditar em nada do que se ouve? Como? Como é que se ultrapassa uma situação destas? Será possível baralhar e voltar a dar? Será possível começar de novo? Mas como, se não acredito em tábuas rasas.
 

11.2.14

A., a amante polígona

A. namora T., foi amante de P., seduziu R., olha convidativamente H. e flirta superficialmente com J., M. e F.
A. não ama ninguém. A sua necessidade de se sentir desejada e centro de atenções leva-a a borboletar defronte dos homens, atraindo quem se deixa enfeitar pelo colorido do seu sorriso e apurado piscar. A. é uma amante polígona, nunca satisfeita enquanto não desfizer os corações de quem não ama.

10.2.14

Ajudamo-nos a crescer?

As amizades, e a família, mais do que nossos parceiros no crime, são quem nos faz reflectir, quem nos diz basta, quem nos chama atenção sobre os momentos, os modos, e as intenções. São bastiões de honestidade, paciência, perseverança e apoio. São a nossa grande alavanca de crescimento.
Como somos egoístas, mantemo-los ao nosso lado, seja de corpo ou alma. E se o tempo e os afazeres nos afastam fisicamente, só nos afastamos realmente quando existe a percepção que o crescimento entre ambos já não existe.

9.2.14

O Sistema Periódico, Primo Levi

O Sistema Periódico"... a matéria é a matéria, nem nobre nem vil, infinitamente transformável, e efectivamente não interessa saber a sua origem mais próxima."

A leitura da obra de Primo Levi é uma leitura de vida, pois, se não nos transforma enquanto leitores, transforma-nos enquanto pessoas. Foi assim que me senti após a leitura de Se isto é um homem, o seu registo cru da experiência como prisioneiro num campo de concentração , no qual relata o modo como o homem pode ser rebaixado ao estatuto de animal e como a sua única qualidade poderá ser o seu instinto de sobrevivência. É um registo cuja não ficcionalidade nos toca e nos permite relativizar ou valorizar a nossa vida e experiências passadas.

Em O Sistema Periódico o registo flutua igualmente entre a memorialística, mas mescla-se ora com o conto, ora com capacidade de observação poética da vida. E toda esta experiência é filtrada pela perspectiva de uma escolha de vida: a química. Aclamado já como o melhor livro de ciências escrito, é perceptível para os entendidos e curioso e poético para os leigos. E para estes trespassa um registo sentido, vivido, sem palavras supérfluas e uma perspectiva diferente da realidade.
 

8.2.14

A sua primeira memória de Hanna é a de um suave gorjeio debitado co cimo da pérgula do primeiro andar ornamentada de asfódelos e hera.
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7.2.14

NEET

NEET é uma classificação governamental, usada priemiro no Reino Unido e posteriormente adoptada noutros países, inclusive o Japão. A sigla corresponde à expressão "Neither in Employment, Education or Training", algo como "Nem Emprego, Educação ou Treino (estágio)".
No Reino Unido, o termo compreende jovens entre 16 e 24 anos que não tenham participação activa na sociedade. No Japão, o termo compreende pessoas de idade entre 15 e 34 anos que são desempregadas, solteiras, não registradas na escola, não procuram trabalho ou o treino profissional necessário para trabalhar.
Entre nós, esta é comummente denominada a geração “nem-nem.” Nem trabalha, nem estuda.

6.2.14

Garantia Jovem

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A Garantia Jovem aparece como resposta à elevada taxa de desemprego dos jovens.

É um compromisso para que gradualmente e num prazo de 4 meses após o jovem sair do sistema de ensino ou do mercado de trabalho, lhe seja feita uma oferta de emprego, de continuação dos estudos, de formação profissional ou de estágio.

A Garantia Jovem não é uma garantia de emprego. Mas tem como objetivo dar aos jovens, o mais rapidamente possível, uma oportunidade para apostar na sua qualificação e estar em contacto com o mercado de trabalho, com vista a combater a inatividade e o desemprego dos jovens.

Consulta a legislação de enquadramento da implementação da Garantia Jovem em Portugal - Resolução de Conselho de Ministros n.º 104/2013, de 31 de dezembro.

Quais os principais objetivos

A Garantia Jovem tem 3 grandes objetivos:
  • Aumentar as qualificações dos jovens
  • Facilitar a transição para o mercado de trabalho
  • Reduzir o desemprego jovem
A quem se destina
  • Se tens menos de 30 anos de idade
  • Se não estás a trabalhar
  • Se não estás a estudar, em formação ou em estágio
Então a Garantia Jovem é para ti!
Mais informações em www.garantiajovem.pt

5.2.14

Estamos preparados?

Sinto-me a preparar-me interiormente para determinadas situações: decisões, atitudes, à vontades, até certezas!
Sempre que esses momentos chegam, as minhas inseguranças poem-se à espreita, à espera de uma brecha que lhe permitam regressar, instalar e minar o trabalho preparado. Mas já não levam a melhor sobre mim. Sim, ainda me rodeiam, mas já não me impedem de avançar.
Sei que estou mais forte, porque as tento vencer. Não abdico de tentar e talvez falhar. Aprendo e numa nova oportunidade falharei menos ou falharei melhor. 


4.2.14

quem sou eu?

O único enredo de toda a ficção e a pedra de toque de todas as áreas de conhecimento é a tentativa de responder à questão: quem sou eu?
Também eu procuro saber quem sou e para estabelecer uma resposta recorro com frequência ao reflexo de quem me rodeia.
Seja quem for, não sou isolada, sou em relação aos outros, às suas acções, às suas ideias. Isso pode fazer de mim combatente, desejável, passiva, obstinada, persistente, desorientada, opinativa, fria, céptica, fora do padrão. Sou o que sou porque me moldo, porque me rebelo, porque aspiro, porque desejo, porque aceito, porque... e o outro é a minha medida de contemplação.

3.2.14

Caríssima,

Longe de mim inferir na tua vida privada. És livre de agir de acordo com a tua vontade e os teus valores. No entanto, já não é a primeira vez que a mesma interfere com a nossa organização e não quero que cheguemos à terceira e última.
Dito isto, importa ponderares como é que as tuas acções pessoais interferem nas vidas não só dos directamente envolvidos, mas também de quem vos rodeia. Já sabes que essas consequências existem e pareces continuar a insistir. O que me leva a crer que os teus valores estão um pouco baralhados. A tua necessidade de atenção não pode sujeitar todos em teu redor. Se não reflectires e alterares alguns dos teus comportamentos terás ainda mais dissabores além dos que já experimentaste. Os demais não estão dispostos a suportar continuamente as consequências dos teus actos e afastar-se-ão ou afastar-te-ão.
És uma pessoa linda, deixa que essa beleza seja um reflexo do teu interior e lembra-te: há reputações fáceis de ganhar e imagens difíceis de limpar.
Estarei aqui para o desabafo, se assim o desejares.
 

2.2.14

Apetecia-lhe procrastinar um pouco mais naquele ambiente de aceitação e indiferença de taberna. Mas o sol que atravessa a gelosia chama-o. Repeso, bebe mais um copo do forte líquido transparente, atira as moedas negras para o balcão, e dirige-se para o exterior, que tem sido o seu lar.

1.2.14

Carissimo,

incluo-me nas pessoas tristes e, não desiludida, mas com uma ponta de mágoa por ler a tua mensagem. Sinto-a precipitada, magoada e, há falta de melhor palavra, picada.
Há coisas que me passam ao lado e a noticia de manhã em plena reunião (só lia mensagem quando cheguei a casa) chegou-me inesperada. Terás os teus motivos que gostava de conhecer e de preferência face a face. Se tiveres oportunidade, disponibilidade ou vontade para um café ou algo do género diz-me.
Lamento a forma que encontraste para esta despedida que espero sinceramente não ser definitiva. Sinto-a com um travo de throw in the towell e que não houve oportunidade de resolver seja o que for sobre a tua insatisfação no nosso seio. Além de que, não parece ser uma atitude coerente com as tuas palavras. Será que fiz uma avaliação incorrecta da tua pessoa?
Sei que não sou o que esperam e também o que espero ser (às vezes julgo que estou a chegar lá, mas sei que não). Mas tenho encontrado aqui pessoas e valores que prezo, aprendo e cresço todos os dias. E, mesmo que parco, sei que dou um contributo de valor. No dia em que estiver a mais, sairei pelo meu pé.
Se te ofendi com o meu desapego, lamento. Creio nunca ter sido hipócrita sobre o assunto. Sou capaz de me bater por pessoas e valores, mas não pelos objectos que os simbolizam.
Mesmo que eventualmente não tenha parecido, sempre estive disponível para falar e continuarei a estar, aguardo um retorno teu.