Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
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28.2.07

O meu colega

No outro dia passei-me com um colega e por pouco, por muito pouco, não o mandei à m***a. A única coisa que me impediu foi o não estarmos sozinhos na sala e achar que não devia baixar de nível. Não por ele. Não o merece.

Estava eu ao telefone quando a certa altura começo a ouvir um telemóvel num som estridente, que até a pessoa do outro lado ouvia. O meu colega, que não estava na sala, não ouviu.

Quando chegou, pedi-lhe para mudar o toque para um tom menos estridente. Ao que ele respondeu que eu não poderia ter ouvido um toque estridente pois o telemóvel estava em modo crescendo. E eu tentei explicar que o telemóvel tocou bastante tempo e o tom “cresceu” e tornou-se incomodativo. E mais, se eu estava a ser um pouco brusca no modo como estava a fazer o pedido, pedia desde já desculpa.

Mas o meu colega, qual dono da verdade, tornou a afirmar que não poderia ser e que só aconteceu uma vez, que ele nunca deixa o telemóvel sozinho e que eu é que estava muito sensível devido ao volume de trabalho e que ele compreendia. Ou seja, a culpa de ter ouvido o som estridente era apenas minha.

Foi nessa altura que calei o que seria um bem sonoro “vai à m***a”.

Até porque quem ficaria mal vista, seria eu. Mas o que mais me irritou foi a presunção dele que nem sequer me deu o benefício da dúvida de eu estar certa.

Infelizmente, há colegas assim… que se acham tão superiores que nós meras pessoas com categoria profissional inferior somos apenas menos pessoas.

É a impressão que tenho dele já há bastante tempo e são atitudes destas que me confirmam a minha sensação.

27.2.07

Uma Janela nos Céus

As algemas estão abertas
A bala deixou a arma
O calor do sol
Manter-nos-á quando desaparecer

A regra foi abolida
A pedra movida
A tumba é agora um sulco
Todas as dívidas estão anuladas

Oh não consegues ver o que o nosso amor fez
O que me está a fazer

Amar cria estranhos inimigos
Faz amar e amar pode agradar
a alma a despir-se
O ódio obrigado a ceder
O céu sobre a nossa cabeça
Podemos alcança-lo da nossa cama
Se puder entrar no teu coração
E sair da minha cabeça

Por favor, nunca me deixes sair
Não tenho vergonha

Sei que te magoei e fiz chorar
Fiz tudo menos matar-nos
O nosso amor deixou uma janela nos céus
E ao amor eu canto

Oh não consegues ver o que o amor fez
A cada coração partido
Oh não consegues ver o que o nosso amor fez
Por cada coração que chora

O amor deixou uma janela nos céus
E ao amor eu canto
Oh não consegues ver…

Window In The Skies, U2

26.2.07

Palavra #6

Escrófula - do Lat. scrofula, dim. de scrofa, porca; s. f., doença que se manifesta por ingurgitamento e ulceração dos gânglios linfáticos.

25.2.07

Dica:

Para melhor resolver um problema é útil reduzi-lo a uma só palavra. Perceber o seu cerne é meio caminho andado para a sua resolução.

24.2.07

Em Busca da Felicidade

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Em Busca da Felicidade relata o período dramático da vida de Chris Gardner quando, abandonado pela mulher e quase sem meios de subsistência e com um filho a seu cargo, decide encetar um improvável estágio não remunerado na bolsa nova iorquina, sem qualquer garantias de um trabalho no final. Durante esse período, a falta de dinheiro obrigou mesmo pai e filho a dormirem em abrigos e até em estações de metro.

Este drama, baseado em factos reais, parece feito à medida de Will Smith (acompanhado pelo seu filho na vida real) para a sua credibilização como actor “sério” e capaz, longe do registo de acção a que estamos mais habituados a vê-lo. E a jogada foi bem feita, pois já lhe valeu a nomeação a vários prémios, entre os quais o Oscar.

É um filme que se vê bem, bem estruturado, a puxar à lágrima, sem ser demasiado lamechas. Mas não é um filme extraordinário. É um daqueles filmes, como se diz, feito à medida para o Oscar. E pouco mais. Um A Vida é Bela num tom menos cómico.

22.2.07

Você é “You´re Beautiful” de James Blunt: você é dado a amores platónicos como os que se vêem nos livros. Tem uma tendência irresistível para amores impossíveis e para perpetuar paixões mantidas em segredo pela sua timidez e insegurança.

You're beautiful. You're beautiful.
You're beautiful, it's true.
I saw your face in a crowded place,
And I don't know what to do,
'Cause I'll never be with you.

21.2.07

Você é O Padrinho: Você acredita no poder da família e dos amigos, mas quem ousa desagradá-lo está em maus lençóis. Gosta das coisas feitas à sua maneira e não tolera ser contrariado.

17 a 20/02

Ausente

16.2.07

Sabedorias

Há pessoas que nos passam ao lado, há pessoas que nos passam pela vida, há pessoas com quem partilhamos momentos de vida. E há pessoas que escolhemos para a vida.

in http://mrandre2u.blogspot.com/

15.2.07

Você é...
a cena da Passagem de Ano em “When Harry Meet Sally”:
Para si, a verdadeira declaração de amor deve ser sempre espontânea e não treinada horas a fio ao espelho. O amor deve sempre ter como base uma forte amizade, até para o ensinar a gostar dos defeitos da outra pessoa.



14.2.07

Tão Cruel

Passámos os limites
Quem empurrou quem?
Não te interessa
Mas a mim sim
Andamos à deriva
Mas ainda flutuamos
E só me aguento
Para te ver afundar
Meu amor

Eu desapareci em ti
Tu desapareceste de mim
Dei-te tudo o que sempre quiseste
Não era o que querias

Odeias os homens que te amaram
Passam por ti como um fantasma
Procuram-te, mas o teu espírito está no ar
Amor, estás em lado nenhum

Oh… amor
Dizes que no amor não há regras
Oh… amor
Querida
És tão cruel

O desespero é uma doce armadilha
Apanha-te sempre
Pões os teus dedos nos seus lábios
Para parar a mentira

A sua pele pálida como uma pomba de Deus
Grita como um anjo pelo teu amor
Então faz-te olha-la de cima
E precisas dela como uma droga

Ela usa o meu amor como um vestido transparente
Os seus lábios dizem uma coisa
Os seus movimentos outra
Oh Amor, como uma flor gritante
Amor… a morrer a cada momento… amor

Não sabes se é amor ou desejo
Perigo, a droga que te eleva
Atenção ao céu, dedos na mira

O coração dela corre, tu não aguentas
A noite sangra como um corte
Entre os cavalos do amor e da luxúria
Atropelados pelas suas patas

Oh… amor
Ficar contigo é uma tolice
Querida
És tão cruel


So Cruel, U2

13.2.07

Palavra #5

Miriápode - do Gr. mýrioi, dez mil + poús, podós, pés; adj. 2 gén., que tem muitos pés; s. m., (no pl. ) classe de artrópodes caracterizados por terem grande número de patas, como a centopeia e a escolopendra.

12.2.07

O dia em que a terra tremeu

Hoje a terra tremeu. Não foi um tremor muito intenso, mas o suficiente para ser notado. Estava meio adormecida, naquele estado intermédio de semi-consciência em que nos começam a visitar imagens e sons que ao mínimo sussurro se esvanecem em nada.

Era nesse estado que me encontrava quando a sensação de um tremor me afastou da mente uma panóplia de imagens que se começavam a formar. Só que, ao contrário de uma situação normal, quando me virei, essas imagens não se aproximaram de novo, porque o tremor continuava e despertou-me ainda mais. E o meu estado de consciência permitiu-me ouvir as pequenas e grandes coisas do quarto num ligeiro sussurrar. Esse sussurrar quase imperceptível foi suficiente para momentaneamente fazer a adrenalina e o coração bater mais rapidamente. Até que a minha mente racionalizasse toda a informação recebida e a processasse até concluir que era um tremor de terra e que o mais que poderia fazer era esperar pelo seu fim ou avaliar o seu nível de agitação e agir consoante a gravidade do mesmo.

11.2.07

A nossa persona internaútica

Nesta época de Internet, com páginas pessoais, Messenger, sites de grupos e alcunhas, todos assumimos um novo papel na sociedade. Correcção: novos papéis. Tantos quanto desejarmos ou sentirmos necessidade para comunicarmos ou expressarmo-nos. Somos uma única pessoa com várias valências e a Internet, como meio de as veicular, permite assumi-las, não como um todo, mas como partes que por si só conseguem ser um todo único e específico. É como um grande arquivador no qual é possível arrumar tudo em diferentes pastas sem que haja confusão de conteúdos. Pelo menos teoricamente.

Falando por mim, creio que assim é. Criei, organizei e mantenho três blogs e ainda um primeiro, entretanto substituído, depois de três anos de actividade. Todos eles são parte de mim, pois reflectem os meus gostos, o meu pensar e as minhas actividades.

O “primeiro”, apenas por ser a minha prioridade, Poeira Residual, foi criado este ano e comporta a minha necessidade de expressão escrita do meu quotidiano, e surgiu no seguimento do anterior blog Dinai. Não é um diário factual, é um repositório de impressões, pensamento e reflexões de quase tudo o que me rodeia. Por isso são poeiras que retenho e espalho também ao vento para quem quiser receber. O segundo, AB Produções, reflecte a minha expressão artística através da pintura. O terceiro, A.C.to, reflecte a minha expressão artística através do teatro e não é um projecto pessoal, é um projecto de grupo.

Mas em cada um há uma perspectiva diferente, são todas valências minhas e fazem parte do meu ser, mas podem ser vistas como um todo isolado. São as minhas várias personas.

10.2.07

A Morte Melancólica do Rapaz Ostra e Outras Estórias, Tim Burton

A propósito da reedição deste livro reedito também o post de 23/01/2004 em www.dinai.blogspot.com

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Mais conhecido do público pela sua faceta de realizador, Tim Burton deu também vida a outras personagens que se distinguem das cinematográficas apenas porque são apresentadas noutro tipo de suporte.
Este pequeno livro editado em Portugal pela Errata, é preenchido por várias criaturas diferentes e que pela sua própria diferença são repelidas pela sociedade e muito principalmente pela família, para a qual deveriam ser um motivo de alegria e orgulho e apenas representam a vergonha e o medo.
Estas crianças/criaturas são seres inadpatados à procura do seu lugar no mundo que não está preparado para as receber, para as amar, para as compreender.
Mas a particulariedade do livro deve-se igualmente às ilustrações que acompanham cada pequena história e que em conjunto com o texto conferem ou confirmam o dramático destino das suas personagens.
Dos seres mais estranhos que encontramos podemos tirar algumas remniscências da obra cinematográfica de Burton. Por exemplo, a Rapariga de olhos Fixos que nos recorda a apaixonada do protagonista de "O estranho mundo de Jack".
Burton explora aqui uma vez mais o lado sombrio e mórbido do ser humano, repleto não de monstros no armário e do medo que estes provocam, mas que vem lembram que os verdadeiros monstros não são as más caras de Halloween, mas sim quem por trás delas se esconde.
Os seus heróis são crianças indesejadas pelos pais cujas relações são exploradas com um enorme cinismo e ironia além de uma grande simplicidade e cujo final é na maioria das vezes marcado pela morte. São filhos do mar, do desconhecido, da tecnologia, nunca reconhecidos pelos verdadeiros progenitores, incapazes do acto de amar uma criança diferente. Ao apresentar estes seres amaldiçoados, podemos ver nestas histórias a desconstrução ou o desmorenamento do sonho americano, do american way of life.
Temos ainda que congratular a excelente tradução de Margarida Vale de Gato, que tenta manter sempre as rimas e os trocadilhos a que Burton também já nos habituara na série animada Beetljuice.

9.2.07

Sabedorias

… a humanização do computador corresponde a uma progressiva tomada de consciência da necessidade de adequar o uso das máquinas à psicologia humana.

Miguel Gaspar, in 6ª, DN

8.2.07

Tequila Sunrise

Rever Intriga ao Amanhecer e dizer o quê? Que é demasiado delico-doce apesar das supostas doses de testosterona das personagens. Não sei. Que é um produto que aproveita as grandes estrelas da altura, Michelle Pfeiffer e Mel Gibson, e pouco mais. Ficou a sensação: realmente não é grande coisa.

7.2.07

Diamante de Sangue

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DiCaprio estreou-se no cinema com uma nomeação para Actor Secundário em O Estranho Mundo de Gilbert Grape e foi vaticinado como o grande actor da sua geração. Os críticos não estavam errados, apenas DiCaprio andou alguns anos arredado, não exactamente de bons filmes, mas de boas personagens. Personagens a que pudesse emprestar uma profundidade maior do que se vislumbra no papel. Nos últimos anos, tem feito novas apostas em diferentes registos, cuja diversidade culmina nesta prestação, em que abandona o baby look que lhe está sempre associado. DiCaprio tem um aspecto pueril com o seu cabelo louro e olhos azuis, mas a sua interpretação neste filme transfigura-o num homem.

E se a sua personagem é, a nível de argumento, a mais trabalhada, ela brilha sem dúvida com a prestação de Houssoun. E são os dois que transportam o filme com a dinâmica criada entre ambos. A busca de Housson pela salvação da sua família, tema em voga se atendermos a Apocalypto, é de uma humildade e de aprendizagem.

O que não se compreende, em termos de prestação, é a divisão entre Actor Principal e Secundário, mas que se compreende em termos de star system. DiCaprio é cabeça de cartaz e Housson não.

Já a personagem de Connelly é que de tão inócua e bem intencionada, mas inócua, até era dispensável.

Um dos aspectos mais interessantes deste filme é o modo como doseia a acção e a violência na história, mantendo-a equilibrada como o elemento dramático. A violência surge quando necessária e demonstra a crueza e crueldade que pretende retratar, mas não cai no abuso, ou seja, na violência pela violência, pelo espectáculo.

O que menos me agradou neste filme foi o seu final delico-doce e demasiado politicamente correcto. Ou talvez não o seja, talvez seja apenas o que o filme preconiza: as pessoas são só pessoas a tentar fazer o melhor que podem.

6.2.07

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- Tens um sabor diferente.

- Ah sim? E gostas? Agrada-te?

- Sim. Estás mais doce.

- Hum… doce. Isso é bom. Gosto. Diz-me mais sobre o meu sabor.

- É quente e doce.

- Hum… quente e doce.

- E lânguido.

- Lânguido?

- Sim. Como que se escorre pela minha boca devagar, bem devagar, para que te possa saborear ainda mais.

- Schiu… não fales mais. Abriste-me o apetite. Deixa-me saborear-te também.

4.2.07

Pintura

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A pintura entrou na minha vida como uma parte de um outro hobbie: o teatro. A necessidade de produzir cenários levou a que todos os membros do grupo colaborassem na pintura dos mesmos. Depois, meio por brincadeira e como meio de minorar os gastos em prendas de aniversário, resolvi fazer umas brincadeiras com pinturas para os amigos. Os amigos acharam piada, a família também e incentivaram este gosto. Hoje pinto porque me sinto bem a faze-lo. Tenho curiosidade em saber como se fazem as coisas e em compreende-las. Pintar tem me feito compreender melhor, não só a pintura mas, a arte em geral. Tenho gostado tanto de o fazer que resolvi até, um pouco a medo, confesso, dar um passo em frente: vender alguns dos meus trabalhos. Apesar de não ter exactamente muitas “encomendas”, as reacções têm sido positivas e tenho recebido encorajamento para continuar. Tenho considerado esta fase uma aventura, que me está a colocar diferentes desafios. Alguns inesperados. Estou aliciada e curiosa para ver os resultados, embora não esteja a correr por eles, mas sim pela corrida. Espero, acima de tudo, que gostem.

3.2.07

Palavra #4

Parsec - do Fr. parsec, acrónimo de par[allaxe], paralaxe + sec[onde], segundo. S. m., Astr., unidade de medida de distância, utilizada em Astronomia, igual à distância entre a Terra e uma estrela cuja paralaxe anual fosse de 1 segundo de arco, equivalente a 3,0857x1016 m ou 3,262 anos-luz.

2.2.07

E o oscar vai para...

Nas categorias de representação não há muito que enganar. Estes são os galardoados com o Actor, o prémio da Screen Actors Guild, que corresponde exactamente ao mesmo universo de votantes das categorias de representação nos Oscares, ou seja, os actores. Por isso, deste lado do paraíso, nada de novo...

Outstanding Performance by a Male Actor in a Leading Role
Forest Whitaker / THE LAST KING OF SCOTLAND

Outstanding Performance by a Female Actor in a Leading Role
Helen Mirren / THE QUEEN

Outstanding Performance by a Male Actor in a Supporting Role
Eddie Murphy / DREAMGIRLS

Outstanding Performance by a Female Actor in a Supporting Role
Jennifer Hudson / DREAMGIRLS

1.2.07

A Minha Casa

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Neste momento, a minha casa não é um lar. É apenas a casa onde coabitam duas pessoas que, apesar dos laços familiares, não conseguem ser uma família. O que nos prende é o sentido do dever e não sentirmo-nos uma família. Nenhum de nós tem coragem ou força ou sabedoria para dar volta à situação.

Somos os dois tão diferentes por dentro e por fora que não nos conseguimos compreender. Já nem tentamos. Cada tentativa parece que não surte efeito. E cada vez fica mais doloroso tentar. Habitamos o mesmo espaço e mal nos falamos. Poder-se-ia dizer que se deve aos horários diferentes, mas não. Apenas não sabemos o que dizer. Ambos sabemos que os nossos mundos são diferentes, as aspirações não são as mesmas, os gostos pouco se misturam. Separa-nos tanto, que o laço familiar que nos une não funciona senão como uma cola que suspende uma das partes para impedir apenas que se estatele no chão.

Há uma frieza na casa. Resulta da sua ausência. Ela animava a casa. Mesmo nos últimos momentos, era o íman que nos unia e nos fazia a família. Agora, nenhum de nós consegue ser esse íman. Nenhum de nós se calhar ama o outro incondicionalmente. Andamos à deriva sem saber o que fazer da nossa dor, da nossa mágoa, de não compreendermos, de não nos deixarmos compreender.

Nesta casa já não há cheiros harmoniosos de vida. Há cheiros assépticos de detergentes com aromas florais. Não há o calor dos afectos. O nosso lar perdeu-se a cada passagem de pano, a cada tentativa de dar brilho a esta casa. Limpou-se o pó e cada memória que trazia.

É uma casa vazia, sem vida a despontar. Apenas vamos sobrevivendo entre estas paredes que outrora albergaram uma família. Hoje, apenas acolhem duas pessoas sem rumo e cada vez mais em rota de colisão.