E se a sua personagem é, a nível de argumento, a mais trabalhada, ela brilha sem dúvida com a prestação de Houssoun. E são os dois que transportam o filme com a dinâmica criada entre ambos. A busca de Housson pela salvação da sua família, tema em voga se atendermos a Apocalypto, é de uma humildade e de aprendizagem.
O que não se compreende, em termos de prestação, é a divisão entre Actor Principal e Secundário, mas que se compreende em termos de star system. DiCaprio é cabeça de cartaz e Housson não.
Já a personagem de Connelly é que de tão inócua e bem intencionada, mas inócua, até era dispensável.
Um dos aspectos mais interessantes deste filme é o modo como doseia a acção e a violência na história, mantendo-a equilibrada como o elemento dramático. A violência surge quando necessária e demonstra a crueza e crueldade que pretende retratar, mas não cai no abuso, ou seja, na violência pela violência, pelo espectáculo.
O que menos me agradou neste filme foi o seu final delico-doce e demasiado politicamente correcto. Ou talvez não o seja, talvez seja apenas o que o filme preconiza: as pessoas são só pessoas a tentar fazer o melhor que podem.
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