Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

30.11.13

Quando é que o meu pai era um herói?

Não é a primeira vez que afirmo que a minha infância me parece um road movie. Confundem-se na memória as inúmeras viagens até Cernache do Bonjardim, de onde os meus pais eram oriundos e aonde rumávamos frequentemente.

Foram muitas horas de carros, antes de auto estradas, ips, vias rápidas, portagens, pórticos, estações de serviço, direcção assistida, segurança rodoviária, sensibilização, etc, etc. foram também muitas filas de transito, algumas para atravessar a ponte (creio ser este o nome) do ribatejo, local que o meu pai aproveitava para fazer o brilharete de conduzir uns escassos metros sem mãos no volante.

É claro que é uma situação banal. Já todos o fizemos a dado momento de uma fila de trânsito. Mas quando se tem 3, 4, 5 anos isso faz do nosso pai um herói. Não faz?

29.11.13

Palavras #462 a 464


refrega - |é| s. f. 1. Combate; recontro; peleja. 2. Trabalho; lida. refrega de vento: rajada.

frenologia - (freno- + -logia) s. f. 1. Em geral, estudo das faculdades intelectuais. 2. Em particular, estudo da conformação do cérebro.

orago - substantivo masculino 1. Santo a que é dedicado um templo ou capela. 2. [Figurado] Presságio; oráculo.

28.11.13

sobre confiança

Yeong-Deok Seo 
Uma situação inusitada é alguém que conhecemos recentemente nos perguntar em quem podemos confiar. Mas a confiança é algo tão intimo e tão individual que não é merecida ou sentida da mesma forma por pessoa diferentes. Ao fazerem-me este tipo de questão, as dúvidas que suscitam são:
- será, quem me questiona, digno de confiança?
- será ingénuo?
- julga-me ingénua?
- está a testar-me?
A confiança nem sempre é imediata ou inata, conquista-se e, por agora, esta pessoa está sobre observação e ainda não merece a minha confiança.

27.11.13


Last night I realized

I’m the lady with the cat

In front of the tv set

Except, I lack the cat

22.11.13

Odette Toulemonde - Lições de Felicidade (2006)

Amélie cresceu. Casou, foi mãe de 2 (agora) adolescentes, enviuvou. Trabalhou para sustentar as crianças e encontrou animo para seguir a sua vida nas páginas delico-doces dos romances de Balthazar balsan, idolatrado pelos fãs e menosprezado pela crítica. Até que o destino os coloca frente a frente, dando oportunidade a Odette (sim, agora Amélie chama-se Odette) de retribuir o animo e de Baltazar perceber o seu contributo para o público que o lê.

Título original: Odette Toulemonde * Argumento & Realização: Eric-Emmanuel Schmitt * Elenco: Catherine Frot, Albert Dupontel, Jacques Weber

20.11.13

3 aspectos relevantes sobre mim

Se tivesse de me apresentar a alguém, que três aspectos escolheria que me representassem?
Fazendo uma retrospectiva, parece óbvio fazer uma selecção cronológica. Ou seja, perceber que acções ou actividades têm ocupado mais tempo na minha via. Assim, a selecção recairia sobre a minha actividade profissional, associativa e como bloguer.
Profissionalmente, trabalho há 10 na área da juventude. Não aprendi tanto quanto desejaria, mas tomei contacto com o movimento associativo, com o conceito e dinâmicas da Educação Não Formal e também com a hierarquia e estruturas municipais.
Na área do associativismo, primeiro num grupo informal de teatro amador, depois no escotismo, aprendi a aprender, a imaginar e a projectar, a concretizar através de tentativa e erro, a reconhecer capacidade nos outros e tentar alimenta-las, a gerir e coordenar as expectativas, frustrações e complementaridades.
Como bloguer, a escrita é o meu tempo de reflexão, de humildade, de (re)transmissão de conhecimentos e de serenidade.
Além destes três aspectos, sou mulher e como tal sou imensas coisas: menina, mulher, assumo diversos papéis, nalguns sou resolvida, noutros sou um trabalho em progresso, com as suas dúvidas e constantemente à procura do seu lugar no mundo.
 

19.11.13

A problemática do ateísmo

O maior problema que se coloca a quem se considera ateu é considerarem que este não possui qualquer sistema de crenças. Tem, e assenta em valores éticos, morais e comportamentais, apenas estes não advêm da crença na existência de uma entidade divina.

18.11.13

Once upon a time…

Nas histórias de (des)encantar, é frequente os vilões arrancarem o coração do peito da pessoa que querem destruir ou que querem que fique cativa dos seus interesses.

Como será não ter coração ou os sentimentos que lhe atribuímos? Será mais simples passar pela vida sem coração? Como será viver sem esta dor no peito? 

17.11.13

Sobre motivações

O nosso comportamento é ditado pelas nossas motivações, ou seja, a razão que se tem ou julga ter para fazer algo. Estas podem ter origem em ordens (medo da represália, protecção, beneficio posterior), costumes (comodidade, pressão de pares, moda) ou caprichos (desejo interno). As motivações são funcionais, ou seja, são um instrumento na prossecução de um objectivo. Se o objectivo dor rotineiro, basta-nos recorrer às motivações habituais. No entanto, se o objectivo for a resolução de um problema ou situação complexa, há que recorrer à capacidade de invenção para o solucionar.
@ Marcas d'Água

16.11.13

15.11.13

14.11.13


Para o rumo da nossa vida

Não há livros de instruções

Quiçá manuais de recomendações

As fórmulas são genéricas

E necessitamos de remédios individuais

13.11.13

Sobre a liberdade

Há vários caminhos possíveis entre optar ou não por algo, entre querer ou não algo. Não podemos fazer tudo o que queremos, mas também não estamos obrigados a querer fazer uma única coisa. Também não somos livres de escolher o que nos acontece, mas somos de livres de como responder ao que nos acontece e de tentar solucionar  o que nos acontece, embora nem sempre o consigamos da forma que queremos.
Podemos escolher dentro do possível. Se muito depende da minha vontade, também há vontades e necessidades que não controlo e que limitam a minha liberdade.
E a culpa?
É difícil optar livremente em determinadas circunstâncias. Mas escolher não é apenas optar por caminhos traçados é também inventar novos caminhos e, muitas vezes, enganarmo-nos.

12.11.13

Sim Virgínia, tens toda a razão: precisamos de um espaço que seja nosso para que, com tempo e sem distracções, possamos verter e arrumar para o papel ou para um teclado o excesso das nossas mentes.

11.11.13

As minhas escolhas

Ao trabalhar num município, a minha actuação é regida por políticas definidas por outrem, com as quais por vezes concordo, por vezes não. De 4 em 4 anos, como cidadã, sou chamada a eleger quem irá ditar essas políticas, mas essa não é a única oportunidade que tenho de fazer valar a minha voz. Ainda como funcionária, cabe-me também a iniciativa de propor a execução de projectos que considero válidos para os munícipes.
A verdade é que seja como cidadã, seja como profissional, nem sempre conheço os mecanismos ao meu dispor para defender os meus valores, a minha opinião, a minha voz. Mas sei que essa voz activa pode implicar consequências positivas ou represálias. E se compete a quem me “gere” dar-me a conhecer como posso exprimir opiniões válidas e fundamentadas, também me comete buscar essa mesma informação. Em última análise, a minha atitude e a minha escolha serão sempre um reflexo do conhecimento e usufruto dessas oportunidades.

10.11.13

Todos nós somos confrontados ao longo da vida com pessoas e situações que nos obrigam a reavaliar tudo o que fomos até ao momento. E, a partir de certa altura, essa reavaliação é constante. Somos confrontados quase diariamente com as disparidades entre a realidade, as nossas expectativas e também as nossas ilusões.
Por vezes, só já desejamos uma pausa no confronto para poder recuperar forças para um novo embate. E é este embate constante, ao qual não temos escapatória, que confirma que atingimos a maioridade.

9.11.13


Gracmor
Não podemos saber tudo. Há que fazer escolhas e aceitar com humildade o muito que ignoramos. E o que importa saber? O que põe em causa a nossa vida (mas também o nosso modo de vida). Há comportamentos que não nos deixam viver, mas o que nos é (in)conveniente é muitas vez um limbo. Por vez pode ser bom, por vezes pode ser mau. Mas, em ultima instância, a nossa vida é, em parte, aquilo que cada um quiser de nós e o resultado do que escolhemos aprender.


7.11.13

A Morte do Rei de Espanha, Carlos Daniel

A Morte do Rei de EspanhaEste é um livro sobre a obsessão de um filho pelo desejo de justiça (?) pelo seu pai. E se essa obsessão molda a sua meninice, adolescência e parte da vida adulta, no entanto, chega o momento deste perceber se a mesma faz sentido ou, seja, se a sua obsessão é de algum modo justa.

6.11.13

Só aprendemos a respeitar os outros quando nos vemos na mesma posição, ou seja, ao sentir desrespeito a partir de uma acção semelhante. Só quando bebo do meu veneno tenho plena noção do mal que inflijo com as minhas (não) acções, mesmo que desintencionalmente. E, mais cedo ou mais tarde, tudo retorna: a pedra, a palavra, a espada, o desamor.

5.11.13

Todas as vidas têm mérito. Todos fazemos coisas que parecem muito difíceis aos olhos dos demais. E todos admiramos (ou invejamos) a sua capacidade de fazer o que nos é difícil.
@ Pedro Aniceto

4.11.13

O dia anterior àquele que muda toda a nossa vida é exactamente igual a todos os outros. Dai nunca suspeitarmos da ameaça velada dos dias normais.

@ Expresso da Linha

3.11.13

VIVENCIAR

O que tem de ser feito, tem de ser feito. Aquilo por que tens de passar, tens de passar. Cada coisa surge na tua vida numa determinada altura para ser vivida, para ser vivenciada. Caso queiras fugir dela, apenas irás adiar o espinhoso caminho pelo qual terás de passar obrigatoriamente. 
Sempre que atrais um acontecimento, uma pessoa, uma situação na tua vida, sempre que esse encontro se dê (entre ti e aquilo com que vais ser confrontado), é porque está na hora de vivenciares isso ao nível mais profundo de que fores capaz. 
Se não desejavas ou achavas que não podias vivenciar essa situação, ter-te-ias antecipado, terias feito outras escolhas que iriam desaguar noutras situações. E, nesse caso, irias atrair outras situações para vivenciar. Mas foi esta a situação que atraíste agora, e agora é o momento de a vivenciares. 
Queres um conselho? Não fujas. Vivencia o que tens a vivenciar, aprende com a experiência, e, só então, parte para outra. Não deixes de aproveitar esta oportunidade para viver esta situação até ao fim, até ao limite. Esta situação é agora a tua grande professora. É aqui que vais aprender, é aqui que vais evoluir. 
E quando a tormenta tiver passado, quando o que houver para aprender tiver sido aprendido, olha para o céu e poderás ver mais uma estrela que foi lá colocada em tua homenagem. E eu seguirei contigo, protegendo-te, para onde quer que vás.



Mensagem deixada por FA. 


2.11.13

A primeira, e última, vez que fiz uma auto-tiragem de tarot fui surpreendida com a carta da morte. Claro que a associei à mudança, ao fim de um ciclo, sobretudo profissional. No entanto, a morte fui real e dupla.

Lamento não ter registado a tiragem para à luz da distância, quiçá, perceber algumas das suas entrelinhas. E, em breve, vou ousar uma nova tiragem, sem medo do que as cartas me possam trazer.

1.11.13

Karma has its way

Não sei se acreditam em carma, mas já lá dizia o ditado: quem semeia ventos, colhe tempestades. Ou seja, colhemos o que plantamos, seja uma parcela de bem, seja o ruim em duplicado. Tal como nada podemos colher, se nada plantamos.

Mas isto não é uma página do borda d’agua. É apenas uma constatação que faço da minha vida. Nem sempre consigo perceber o que planto, ou se planto, mas quando algo retorna consigo em retrospectiva detectar a sua origem.