Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
Mais informações: www.cm-sintra.pt

31.10.11

#73 @ 101 e 1001 - MUDE

O MUDE - Museu do Design e da Moda – tem por base a colecção Francisco Capelo, adquirida pela CML, e reúne muitos objectos emblemáticos criados entre meados da década de 1930 e a actualidade. Mobiliário e pequenos objectos utilitários, reflectem os principais movimentos e tendências do design do século XX. A colecção conta com 1000 objectos e 1200 peças de alta-costura, que tecem a história da moda durante o mesmo período.
Para além do espólio, é interessante observar o horário adoptado, que, principalmente em noites quentes, contribui para um enorme dinamismo na Baixa de Lisboa. É uma aposta ganha, não só em termos de turismo, mas também como oferta cultural interna.
Para quando a oferta deste tipo de horário em Sintra?

Endereço: Rua Augusta, 24
1100-053 Lisboa
Horários: Ter a Qui, Dom: 10h-20h/Sex, Sáb: 10h-22h
Telefone: 218 886 117
Fax: 218 886 124
Internet: http://www.mude.pt/

30.10.11

No fundo, foi uma questão de ritmo...

Cantar sempre foi um one woman show de chuveiro ou de volante e vidros devidamente fechados. Sem dotes canoros, ou a mínima noção de tempo, as palmas e outros gestos sempre foram guiados pelo olhar, do que pelo sentir. No entanto, a música, principalmente ao vivo, sempre foi um prazer, mas cujo ritmo não consigo reproduzir.

O sorriso simpático – percebi – foi recíproco e repetiu-se ao longo da noite. No final, foram recíprocos os beijos, o dedilhar da pele, os gemidos sincopados, o silêncio saciado.

E, se pensar no que me atraiu no olhar do baterista de uma banda de garagem desconhecida, direi… No fundo, foi uma questão de ritmo…

29.10.11

Rasguei duas folhas e fiquei a olhar as margens siamesas, como um dia havíamos sido. Tencionava escrever uma carta de despedida, mas mesmo de despedida seria uma do amor que existiu e os meus dedos já não conseguem expressar amor por ti. Resta-nos um silêncio pesado e há de ser esse a permanecer entre nós.
Deixei as folhas brancas sobre a mesa. Decidirás tu que uso lhes dar: o desperdício do lixo, o insondável da reciclagem, a base para qualquer rabisco, ou o suporte da carta que não te escrevi.

28.10.11

Juno

Juno é uma jovem adolescente, cuja gravidez inesperada obriga à tomada de decisões pautadas por uma maturidade insuspeita. É um filme sobre afectos (sem lamechices), relações familiares atípicas (e desde quando é que o são?), e as expectativas da adolescência. Filme interessante da argumentista Diablo Cody, autora da interessante série As Taras de Tara (United States of Tara), e que catapultou a atriz Ellen Page.

Título original: Juno | Ano: 2007 | Realização: Jason Reitman | Argumento: Diablo Cody | Elenco: Ellen Page, Michael Cera e Jennifer Garner

26.10.11

Estorvo, Chico Buarque

Nas minhas noites, esta seria a narrativa possível dos meus pesadelos: a fuga aos lugares de sempre, num looping incessante em que se misturam tempos, memórias e em que todos os passos – errados – só levam ao vazio. Estorvo é o relato na primeira pessoa de um jovem homem na casa dos trinta sempre desadequado e perseguido por aquilo que se espera que seja, enquanto filho, marido, irmão, representante da sua classe social. Uma ovelha ronhosa sem qualquer perspectiva que deambula sem rumo, sem nexo, sem perspectivas, sempre em fuga das expectativas.

25.10.11

um novo desafio

ATENDIMENTO PERSONALIZADO A JOVENS NA CASA DA JUVENTUDE


A partir de 14 de Outubro, a Divisão de Juventude e Desporto disponibiliza um serviço de atendimento individual que visa prestar esclarecimentos, encaminhar e apoiar a busca activa de oportunidades de trabalho e/ou formação, através, por exemplo, do apoio na elaboração de currículos e cartas de apresentação, entre outros.
Este serviço funcionará todas as quartas feiras, das 10H00 às 12H00, mediante inscrição prévia na Casa da Juventude. Para isso, basta apenas preencher a ficha de inscrição ou por e-mail (djud@cm-sintra.pt), com os seguintes dados: nome, contato telefónico e indicação do apoio necessitado.

23.10.11

De que falamos, quando falamos de juventude?

Uma das primeiras reflexões a realizar na área da juventude é o balizamento etário, pois a partir deste é que se pode desenhar o tipo de oferta e serviços institucionais a disponibilizar. Muitos serviços balizam a sua oferta entre os 14 e os 25 anos, outros são mais abrangentes e ampliam esta margem entre os 10 e os 35 anos. Se entre a primeira pode haver uma certa homogeneidade de interesses e necessidades, a segunda implica uma tal diversidade, que é impossível conceber um serviço uniforme. Mal seria se os dois extremos etários tivessem os mesmos interesses e necessidades (embora, por vezes, seja difícil observar essas diferenças). A maioridade e a maturidade são dois estados que nem sempre andam de mãos dadas, mas que se supõem ser desenvolvidos ao longo deste período. O desafio é perceber como é que estas idades tão dispares podem desenvolver a sua aprendizagem, os seus valores, a sua participação, quais os seus desafios e os mecanismos ideais de acompanhamento. Acompanhar um jovem de 15 anos a percorrer o seu caminho escolar e a desapontar para muitas facetas da vida não é o mesmo que acompanhar um jovem de 30, em principio, já num percurso profissional, com responsabilidades financeiras e, quiçá, até familiares. Como é que, por exemplo, um serviço municipal pode fazer face a estas duas realidades?

22.10.11

«A la gente de mi generación siempre nos recuerdan las cosas que no vivimos, la dictadura, la guerra colonial, la emigración. Es una generación definida por algo que no vivió, porque nacimos en el momento en que cambió la historia del país.»


É verdade, Luís, éramos esta geração. Mas agora somos apenas uma das muitas gerações que dirão do futuro: morreste-me. O desejo de materialidade será uma casa na escuridão, num cemitério de pianos e outras músicas. E nenhum olhar nos dará o antídoto que salvará este país de políticos com a sua face de cal imóvel, que mente até ao dizer que mente.

21.10.11

Parece que morreu mais um ditador. Mas nunca chego a perceber se é este que morre ou uma máscara de carnaval com a sua face.

19.10.11

Do árabe ao português

É curioso desfolhar livros escolares: relembramos lições esquecidas e até aprendemos novas. Há poucos dias, chamou-me a atenção a tradução de certas palavras árabes, cujo significado não sabia (ou até já esqueci). É claro que todos recordamos que as palavras iniciadas por “al” são de origem árabe, mas ainda recordamos o seu significado? Aqui vão alguns exemplos:

Albufeira – a lagoa
Algarve – o ocidente
Alcácer –o castelo
Almada –a mina
Alcântara – a ponte
Alvalade – a planície
Alfama –a fonte
Alverca – o lago

Por mim, muitos dos significados forma novidade. E o curioso é que acabamos por ser inconscientemente redundantes. Vou deixar de ir à lagoa de Albufeira.

18.10.11

Maria Antonieta

 E chegou o dia em que fiz as malas. Mas como se faz uma mala para não mais voltar?
A escova de dente, os cremes, o gel de banho e tudo o mais, só isso… só? Bem, só iisso empanturra a mala. E o resto? Que resto? Já não resta muito.
Resto eu e o que hei de levar. Mobílias, não. São um peso demasiado e agora sou leve, necessito dessa leveza como de pão para a boca. Voar poderá não ser a forma, mas preciso ir ligeira.
A roupa há de servir outras misericórdias. Cairá bem noutras histórias, que esta já não me serve. Servirá o quê? Servirá um novo presente, como novo cenário e guarnições. A música e as palavras dirão uma nova mulher. Eu sigo… e até a mala fica à porta.
Kerstin Zu Pan

17.10.11

Deixa-me dizer-te os verbos que sinto por ti

Desej(nho) a pontas de dedos o contorno do teu desejo
Desprezo as horas que me deixas só em busca de outros prazeres

Encandeias-me amagamente
Anseio a calmaria pós coito

Sentimos o prazer em ondas até à queda de todos os líquidos – o teu esperma, as minhas lágrimas
Voltaremos aos nossos corpos em união de almas

E todos os outros verbos que não digo, não é por falta de sentimento, apenas de vocabulário
Anka Zhuravleva

16.10.11

4 mulheres apaixonadas

Sob a batuta de Forest Whitaker, acompanhamos as (des)venturas românticas de 4 mulheres negras e o seu percurso de afirmação pessoal.

Título Original: Wainting to Exhale | Ano: 1995 | Realização: Forest Whitaker | Argumento: Terry McMillan (baseado no romance de) | Elenco: Whitney Houston, Angela Bassett e Loretta Devine

15.10.11

A minha super ex

O que poderá acontecer a um tipo, quando acaba um namoro com uma mulher retratada como carente, ciumenta e manipuladora? E se, para cúmulo, essa mulher for dotada de super poderes? Acontece um filme para domingo à tarde, que perpetua um retrato feminino básico e negativo.

Título Original: My Super Ex-Girlfriend | Ano: 2006 | Realização: Ivan Reitman | Argumento: Don Payne | Elenco: Uma Thurman, Luke Wilson and Anna Faris

14.10.11

A Religiosa, Diderot

Romance epistolar, no qual uma freira, obrigada pela família a tomar os votos, conta a sua história e a sua demanda em desvincular-se de um modo de vida para o qual não se sente vocacionada. Escrito na primeira pessoa, A Religiosa utiliza a realidade como estratégia da ficção e tem como base missivas falsas, escritas pela suposta Susana Simonin, dirigidas ao Marquês de Charmois, homem da época, conhecido pelo seu (demasiado) bom coração.
Como reflexo de uma época, ilustra explicitamente o papel da mulher numa sociedade patriarcal, a diferença entre religião e fé, a moral e os valores vigentes, a noção de livre arbítrio (ou de mudança de condicionalismos), entre outros.

13.10.11

Museu de Ciência Viva de Sintra

O Centro Ciência Viva de Sintra tem como áreas temáticas das exposições interactivas: o corpo humano, a água e as artes circenses. Faz parte de uma rede nacional de 12 espalhados por todo o país, em que o principio é aprender experimentando, possuindo para isso uma série de módulos interactivos, doas quais se destaca uma bicicleta num arame suspenso a cinco metros do chão. Além das exposições, há ainda um cibercafé com acesso gratuito à Internet, e um laboratório. Este espaço consistiu na reabilitação e adaptação de um edifício, construído em 1901, cuja função original era a de antiga fábrica de electricidade e posteriormente a antiga Garagem dos Elétricos.

12.10.11

Troika, Função Publica e SIADAP

Por imposição da Troika, o estado tem de proceder a uma redução drástica de despesa pública. Quem é funcionário público, já o sente há muito: redução de horas extraordinárias, orçamentos mais parcos, cortes nos ordenados, redução de regalias, cessação de contratos e avenças, entre outros.
Das várias medidas possíveis, uma das mais visíveis é a extinção de organismos e a passagem dos seus funcionários à mobilidade. Por enquanto, estes ainda não têm de se haver com o despedimento por justa causa, mas lá chegará. Aliás como chegará a todos os outros se as medidas entretanto adotadas se revelarem insuficientes.
No caso da Grécia, uma das medidas a adotar será a passagem excepcional à reforma dos funcionários públicos com mais de 60 anos, o que significaria uma redução de custos com ordenados de 42%, 12% acima dos 30% estipulados pelos acordos externos. Em Portugal, mesmo em idade de reforma e/ou em casos de reforma antecipada com penalizações, as respostas então a demorar em média um ano. É claro que não deixa de haver despesa, pois as reformas são sempre mais baixas que os ordenados, mas também passa a haver menos pessoas a fazer descontos. Ou seja, um pau de dois bicos.
Com a adopção do SIADAP (Sistema Integrado de Avaliação da Administração Pública), da nova tipologia de vínculo à função pública e a nova legislação laboral, há muito que se vem desenhando o despedimento na mesma. O que tem toda a lógica e há muito que os maus funcionários não deviam ter o seu sustento como garantido. Esta mudança era necessária. Claro que ninguém gosta da mudança, mas sejamos francos, não é à toa que a função pública tem a fama que tem. Pena é provavelmente os primeiros a serem desvínculados, são serão os que realmente merecem.
Então, o que nos espera? Ser profissional. É isso que se espera.

11.10.11

A minha dúvida reside numa equação difícil. É que por um lado "importamos" médicos, mas por outro, "exportamos" alunos de medicina. Qual é a lógica do processo?!
Helena Sacadura Cabral, in Fio de Prumo

Há tontos inofensivos e há tontos perigosos. Os segundos ganham eleições, os primeiros votam neles. É uma grande anedota, pois é.
Carla Maia de Almeida, in O Jardim Assombrado

10.10.11

Kitchen Nightmares

O mais recente programa do chef Gordon Ramsay, célebre pelo concurso Hell’s Kitchen, é uma mistura de The Celebrity Apprentice e, sei lá, Extreme Makeover, aplicado à restauração.
No espaço de menos de uma semana, Ramsay reabilita um restaurante em vias de falência, alterando ementas, despedindo e modificando a postura de funcionários, e sobretudo, mudando os modelos de gestão dos restaurantes. É bastante educativa esta consultoria gastronómico-empresarial.
Sic Radical – Final da Noite

9.10.11

A determinado momento, a minha vida foi comparada a uma novela mexicana. Antes fosse! Mesmo desgraçadinha, e com amnésia, acabaria por me apaixonar por um milionário de carácter, acabaria por receber uma herança e ter um rebento lindo. Mas a minha vida está mais para um filme de terror – e eu que sempre evitei vê-los – e este é apenas o momento de acalmia em que inconscientemente me considero a salvo enquanto corro para a morte certa.

8.10.11

Id, ego e superego*

O id é o instinto de sobrevivência do individuo e tem como principio básico – fundamentalmente irracional - o prazer, ou seja, a gratificação instintiva imediata. Os seus motores são o sexo e a agressão.
O ego é o mediador entre as exigências do id e os constrangimentos da realidade externa. Tem um funcionamento fundamentalmente racional e estratégico, operando segundo o princípio da realidade. Executa acções intelectuais sofisticadas, tal como análises de risco/beneficio e de meio/fins, projecta consequências futuras de várias acções e avalia o resultado das mesmas e os seus eventuais custos e compensações, modificando e criando alternativas sempre que necessário.
O superego interioriza os valores sociais dos cuidadores. Esta interiorização ocorre de duas formas: consciente e inconsciente. A interiorização consciente actua segundo o princípio da moralidade (conceitos de certo e errado). Enquanto que inconscientemente procuramos atingir a realização do nosso potencial humano único. Isto leva-nos a um conflito entre o que devemos ou não fazer para nos tornarmos aquilo que queremos. Sendo que este desejo de realização implica inevitavelmente a quebra do nosso código moral e o desenvolvimento de sentimentos de culpa.
O resultado é uma guerra constante entre estes 3 generais (id, ego e superego). Ou seja, um conflito entre as necessidades e os constrangimentos das várias partes da personalidade.

*Esta distinção tripartida foi desenvolvida por Freud.
Wang Chien Yang

7.10.11

Num presente não cinematográfico, receberíamos doses de conhecimento e de competências necessárias aos desafios do nosso quotidiano. Injeções coloridas com os mais variados atributos – coragem, criatividade, disciplina, (insert your most needed atribbute) – injetadas diratamente no cérebro para não haver margem de escape de uma milionésima grama que fosse pela corrente sanguínea.

6.10.11

Reorganização autárquica

O Documento Verde que estipula as medidas de reorganização autárquica nacional prevê uma redução drástica (50% a 60%) do actual número de freguesias existentes. Simultaneamente, os municípios são obrigados a reduzir os seus cargos dirigentes. Embora sejam medidas há muito defendidas por especialistas em várias áreas, foi necessária uma imposição externa para que tal acontecesse.
As directrizes deste documento implicam a cessão/fusão de freguesias com menos de 5 mil habitantes e que as freguesias que albergam as sedes de concelho tenham um mínimo de 20 mil habitantes. Neste momento, estão a ser redefinidos os mapas de freguesias, que após um período de discussão pública, serão implementados. Ou seja, no primeiro trimestre de 2012 teremos um novo mapa autárquico, e ainda sem um novo desenho de concelhio, que ainda há de vir. Por isso, vamos ter um inverno muito quente.
Quais serão as implicações deste documento normativo para Sintra? À partida, a fusão das freguesias de Pêro Pinheiro e Montelavar, ambas com menos de 5 mil habitantes. Resta saber como serão resolvidas as rivalidades que levaram exatamente à separação das mesmas. No que diz respeito à sede de concelho, implicará, em principio, a fusão das freguesias de Santa Maria, São Miguel e S. Pedro de Penaferrim e, eventualmente, são Martinho. Aqui, uma das hipóteses a ser estudada é não só a fusão, mas a eventual alteração do desenho das fronteiras das freguesias, para evitar a criação de uma freguesia geograficamente demasiado extensa.
O que é certo é que os próximos meses serão de extremo burburinho e de guerrilhas politico-partidárias, onde, provavelmente, o bom senso será o último a ser tido em conta. Esperemos então pela nova realidade autárquicas e por alguns novos atores.

5.10.11

O conhecimento, encerrado nas nossas mentes, é invisível. E o conhecimento de outros apenas nos confronta com a indesejável ignorância. Daí que tomemos o caminho mais fácil: avaliamos o material em demérito do imaterial. Porque os bens materiais são visíveis e palpáveis.

4.10.11

Reformulação de projectos

Por vezes, propomo-nos realizar projectos extra-profissionais, embora exequíveis, mas cujo nível de ambição (face à nossa real disponibilidade) não facilita a sua concretização. Devemos então prossegui-los ou adaptá-los à nossa verdadeira capacidade e/ou disponibilidade?
A estrutura das duas últimas formações que frequentei (FdF e CRA) implicam a realização de projectos, cujo objectivo é pôr em pratica os conhecimentos adquiridos e desenvolver competências.
É verdade que gostaria de desenvolver projectos mais audaciosos, mas entre ambição e praticidade, também temos de ser pragmáticos. Na primeira formação, a opção foi, a determinado momento, alterar o projecto, sem vergonha e sem sensação de incumprimento. Na segunda, propus-me a uma projecto simples (e para o qual já tinha, por motivos profissionais, 80% do trabalho feito, bastando-me executar algumas alterações e adaptações). Afinal, chama-se a isto gestão de recursos.

3.10.11

Temos os políticos que merecemos

Dia 09, a Madeira vai a votos e o Alberto João prepara-se para continuar a liderar o Governo Regional. Como nunca visitei a Madeira não posso opinar sobre o seu trabalho em prol da ilha. Apenas posso confiar no testemunho de um madeirense que confirma a evolução da Madeira nas últimas décadas e o quão os seus habitantes estão gratos a Alberto João. Diz o ditado que não devemos morder a mão que nos dá de comer, o que explicará a perpetuação deste líder carismático é certo, mas completamente desrespeitador dos seus interlocutores.
A minha questão é (sempre): serão estas as pessoas que queremos perpetuar no governo (das nossas vidas)? Há a questão da presunção de inocência, mas, caramba, a Fátima foi o que se viu, o Isaltino é o que se vê. Percebo que quando se vota, não estamos a votar nos melhores, estamos a votar nos males menores. É mais fácil lidar com um mal conhecido do que com o desconhecido.
Há muito que deixei de acreditar em partidos e cada vez menos acredito em pessoas. É verdade que há quem procure realizar um trabalho sério, mas quem são eles? São poucos.
Trabalho diariamente com as consequências das decisões políticas e muitas vezes rio, porque é a única reação possível. Para chorar bastam os impostos. Por hábito, evito utilizar esta plataforma para comentar assuntos políticos. Nunca se sabe quem nos lê. Mas importa realmente refletirmos o mais possível sobre os representantes que elegemos e o nosso grau de co-responsabilidade no estado do nosso estado e na forma como podemos ter uma atitude mais ativa nas decisões que nos afetam a todos.

2.10.11

CRA

Parte do meu período de férias foi ocupada com a realização de uma formação: o CRA – Curso de Responsável de Adultos, ministrado pela ENFIM – Escola Nacional de Formação Insígnia da Madeira, da AEP – Associação de Escoteiros de Portugal. Esta formação, direcionada aos dirigentes adultos da associação, abrange elaboração e gestão de projectos, financiamentos, princípios educativos, constituição e construção de equipas, entre outros.
No espaço de cerca de 2/3 anos, é a 4ª formação do género que frequento e em cada uma o interessante foi comparar as diferentes abordagens metodológicas, terminologias e princípios subjacentes. No fundo a grande diferença resume-se ao enfoque da área de acção: cultura, educação e/ou identidade institucional.
A frequência destas formações em que aparentemente nada é novo, mas em que há sempre diferentes abordagens tem sido um processo evolutivo, que me tem dado alguma serenidade no meu desempenho e espero ainda colher muitos frutos pessoais e profissionais do meu aprendizado.

1.10.11

#85 @ 101 em 1001 – Elétrico de Sintra

No passado dia 24, colmatei mais uma lacuna no meu (des)conhecimento sobre o concelho em que habito. Após uma caminhada de 12 km entre a Vila e a Praia das Maçãs, que nos surpreende pela magnifica vista e pela descoberta de recantos e antigas formas de vida, foi tempo de retornar de elétrico e ganhar ainda uma nova perspetiva sobre a região. Aconselho vivamente a todos os sintrenses e demais interessados.
Julie Andrews roí-te de inveja desta vista!

A chegada à Praia das Maçãs

Vista do Elétrico

Pormenor do Elétrico