Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
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23.10.11

De que falamos, quando falamos de juventude?

Uma das primeiras reflexões a realizar na área da juventude é o balizamento etário, pois a partir deste é que se pode desenhar o tipo de oferta e serviços institucionais a disponibilizar. Muitos serviços balizam a sua oferta entre os 14 e os 25 anos, outros são mais abrangentes e ampliam esta margem entre os 10 e os 35 anos. Se entre a primeira pode haver uma certa homogeneidade de interesses e necessidades, a segunda implica uma tal diversidade, que é impossível conceber um serviço uniforme. Mal seria se os dois extremos etários tivessem os mesmos interesses e necessidades (embora, por vezes, seja difícil observar essas diferenças). A maioridade e a maturidade são dois estados que nem sempre andam de mãos dadas, mas que se supõem ser desenvolvidos ao longo deste período. O desafio é perceber como é que estas idades tão dispares podem desenvolver a sua aprendizagem, os seus valores, a sua participação, quais os seus desafios e os mecanismos ideais de acompanhamento. Acompanhar um jovem de 15 anos a percorrer o seu caminho escolar e a desapontar para muitas facetas da vida não é o mesmo que acompanhar um jovem de 30, em principio, já num percurso profissional, com responsabilidades financeiras e, quiçá, até familiares. Como é que, por exemplo, um serviço municipal pode fazer face a estas duas realidades?

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