Rasguei duas folhas e fiquei a olhar as margens siamesas, como um dia havíamos sido. Tencionava escrever uma carta de despedida, mas mesmo de despedida seria uma do amor que existiu e os meus dedos já não conseguem expressar amor por ti. Resta-nos um silêncio pesado e há de ser esse a permanecer entre nós.
Deixei as folhas brancas sobre a mesa. Decidirás tu que uso lhes dar: o desperdício do lixo, o insondável da reciclagem, a base para qualquer rabisco, ou o suporte da carta que não te escrevi.
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