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Banksi |
Sempre acreditei que há pais e mães que não o deveriam ser. E no campo das mães, além das que não o deveriam ser, há também as que não deveriam acreditar que a paternidade muda um homem, bem como as que não deveriam conceber um filho para o utilizar como moeda de troca. Quanto aos pais, propriamente ditos, além dos já citados, há os que deveriam ser francos quanto ao seu indesejo de o ser, e os que deveriam ter inteligência suficiente para se precaverem quanto ao assunto. A sociedade demanda-nos novas gerações e olha de viés a não parentalidade. Mas a sociedade não dita todas as nossas decisões. Se os nossos objetivos colidem com a parentalidade, há que ponderar e assumir antes de se colocar uma criança no mundo. Fazer um filho porque os bebés alheios são bonitos ou porque a família assim o espera é um erro crasso. O maior ato de amor por um filho pode ser respeita-lo ao ponto de não o conceber. Porque um filho muda toda a nossa vida e é bom que estejamos preparados para essa transformação. Se não estamos, a bem de todos, há que assumi-la.
Um filho não desejado pode transformar-se num filho odiado. Um filho não amado torna-se o foco de todas as frustrações, a causa dos sonhos não cumpridos, a âncora de uma vida outrora livre.
Antes do ódio, deve prevalecer o amor, mesmo o que prima pela escolha da ausência.
completamente de acordo.
ResponderEliminarTens aí o filme todo. Acertaste em tudo.
ResponderEliminarInfelizmente.
ResponderEliminarObrigado pela visita Pedro.