Há cerca de dois anos, o mundo, como o conhecia, desabou sobre a minha cabeça. As certezas que tinhas sobre as materialidades da minha vida esfumaram-se, o que originou uma depressão, embora não tenha recorrido a nenhum médico no sentido de o apurar ou de procurar ajuda. Mas, se não fui ao fundo do poço, pouco faltou.
A minha confiança foi de tal modo abalada que me afastei de quase todas as minhas amizades, incapaz de lidar com a minha nova situação e de admiti-la. Como é evidente, demorei a sair deste sentimento de fracasso e incapacidade, até porque a situação de génese estava e está longe de ser resolvida. Mas não podia continuar a arrastar a minha vida de dia para dia neste sentimento depressivo. Precisei encontrar um contraponto que me permitisse atingir um equilíbrio necessário a prosseguir de modo saudável. E se os (meus) problemas não podem ser resolvidos apenas por mim, porque estão condicionados por outros, no entanto, cabe a mim encontrar esse contraponto. Cabe a mim estabelecer objectivos tangíveis que me trarão um sentimento de alcance, de transformação, enfim, um sentido de vida.
O poder de transformação está em nós, mas sejamos realistas: nem tudo depende de nós, apenas o modo como lidamos e procuramos gerir as situações. Quando temos esta hipótese é nosso dever exerce-la o melhor possível, com a melhor atitude possível, sabendo que as energias se atraem e o positivo chama pelo positivo.
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