Numa
manhã de semana de trabalho, a circulação de comboios na linha de Sintra é
interrompida pelo suicídio de uma mulher. Além do inconveniente, os utentes
nunca virão a saber a sua história, nem sequer o seu nome – Vanessa -, fazendo
jus ao anonimato urbanos a que as actuais sociedades estão vetadas. Mas o que levou vanessa a tal decisão, a tal impossibilidade de manter a continuidade da sua existência? Uma história de desencantamento igual a tantas outras com que nos cruzamos diariamente nas carruagens dos transportes públicos, mas que não temos nem o interesse nem a coragem de perscrutar e compreender.
Este é um relato fidedigno de uma sociedade anódina que nos anula enquanto indivíduos.
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