Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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7.7.13

A nossa percepção da violência

A nossa percepção da violência é indissociável da sua origem e proximidade e da consciência que temos do que é violência. É senso – infelizmente nem sempre – comum que violência gera violência, mas a pergunta é qual a sua origem primordial?
Para muitos indivíduos, é a forma de se rebelarem contra dificuldades e carências várias, sejam elas económicas, relacionais, comportamentais ou de insucesso. E se esta é a forma mais fácil de se expressarem, tal deve-se ao facto de ser a única que conhecem, pois acabam apenas por perpetuar modelos de comportamento existentes no seu meio ambiente, sem terem eventualmente consciência do grau ou do facto de serem violentos.
Dai passamos para uma legitimação da violência, pois esta é vista como a única forma de defesa e protecção de um grupo ou individuo, mesmo quando utilizada preventivamente, ou seja, sem ser em resposta a um acto prévio, mas como forma de aviso a outrem. Aliadas a estas situações, é habitual verificar-se a inexistência de supervisão ou de figuras de autoridade capazes da aplicação de medidas disciplinares e/ou punitivas adequadas e que impeçam a perpetuação da violência.
Quebrar o ciclo de violência é um desafio constante e requer estratégias individuais e de grupo que partem sobretudo da consciência individual e colectiva dos seus processos de despoletação e reiteração, para que possam ser interrompidos e cessados.

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