Quando confrontados com situações problemáticas, até que ponto as devemos relativizar? Por um lado, é uma forma de percebermos que o nosso não é o maior dos problemas e ajuda a coloca-lo numa escala que nos permite desenvolver uma estratégia de resolução. Ajuda-nos a perceber que haverá problemas mais complexos de resolver, outros mais fáceis, mas esta escala não implica que os problemas sejam resolúveis da mesma forma por pessoas diferentes.
Uma das complexidades da resolução de problemas é exactamente o diferente impacto que os mesmos podem ter em cada pessoa. O que para mim é simples/complexo, pode não o ser para outra pessoa. Assim, ao relativizar não estaremos a menosprezar o que sentimos e a forma como as situações nos afectam?
Sim, o meu problema pode ser menos complexo, mas será menos problemático que os demais? Estarei a diminuir o meu valor quando não valorizo o que me afecta?
Nem sempre conseguimos ser lúcidos em relação ao que nos aflige. Será esta relativização apenas uma forma de racionalização para – idealmente – se conseguir uma resolução eficaz. Será com certeza. Mas não se pode menosprezar os sentimentos afectos a cada problemática, mesmo quando parecem exacerbados a quem está de fora.
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