Como em qualquer Natal, e apesar da crise, a entidade patronal brindou os seus funcionários com um mimo. Este ano foi um bacalhau – na verdade, 1200 gr de bacalhau, que um bicho inteiro implica maiores cordões na bolsa – e uma garrafa de azeite. Tudo na melhor tradição nacional de consoada.
Bem intencionada, Alice listou o número de funcionários do seu departamento e no dia definido dirigiu-se aos grandes armazéns para fazer o levantamento. Tudo correu como previsto e até contou com a preciosa ajuda do colega Pedro para trazer os 34 sacos.
Chegada ao departamento, e, com a ajuda de outros colegas, colocados os sacos na sala destinada, Alice recontou os sacos. Para seu espanto, o número não batia certo e faltava um saco. Tornou a contar. Não, não estava errada: no transporte do carro para a sala desaparecera um saco.
Ficou triste: algum dos seus prestáveis colegas conseguira sem que percebess3e guardar um dos sacos. Não é complicado perceber como, quando se confia não se policia movimentos. Mas infelizmente, por causa de um bacalhau, perdeu a confiança nos colegas e hoje, quando pensa em certas situações passadas, não consegue evitar desconfianças. Afinal, quem se apropria de um simples bacalhau, que mais é capaz de fazer?
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