José
Paulo Miranda (PJM) ficou conhecido sobretudo por ter sido o primeiro vencedor
do Prémio Saramago, que premeia bienalmente um autor de língua portuguesa com
menos de 35 anos, com este Natureza Morta (NM). No entanto, nunca granjeou o
mesmo reconhecimento que os seus sucessores. Porquê? Talvez o mesmo explique na
entrevista de 2009 ao Diário de Notícias.NM transporta-nos para o universo criativo do compositor português João Domingos Bomtempo, explorando o seu trajecto pessoal, viagens e relações, e dando-nos o retrato de um homem solitário dedicado exclusivamente ao seu dom e ofício, mas ciente e crítico da sociedade em mutação que o rodeia.
É um livro interessante e que me deixa curiosa para chegar a dois outros romances do autor: Um prego no Coração e O Vicio, de que este NM completa o tríptico, dedicados a Cesário Verde e Antero de Quental, e nos quais PJM explora a relação do autor com as suas obras e as interrogações que as mesmas lhes suscitam.
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