Para encontrar a minha voz e, se possível, uma opinião, estruturando assim o pensamento.
Porque das poucas coisas que sei fazer é conversar. Gosto de ouvir mesmo sem coragem para responder alto, então sussurro no papel o que não ouso dizer.
Para me confessar, para dar azo ao meu lado negro, porque esta não é a vida que quero, então invento-a.
Pelos filhos que nunca terei, pela consciência de que nada mais deixarei no mundo do que as palavras etéreas a marcar a minha passagem neste mundo.
Porque de tanto que recebo, necessito de o processar e, assim, devolvê-lo ao mundo. Porque aprendo e, se possível, também ensino.
Porque o hábito se tornou necessidade.
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