Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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26.1.11

Brincadeiras de infância

Durante a infância não convivi com muitas crianças, devido ao facto de não ter frequentado nenhum Jardim-de-infância. As poucas crianças que faziam parte da minha vivência foram as minhas primas (uma delas apenas ocasionalmente), os manos C. e C., os manos F. e J.P., e duas vizinhas, a T. e a L. como vêem, nada a ver com o habitual número de crianças com que as crianças lidam hoje nos Jardim-de-infância e ATLs.
O meu companheiro de brincadeira mais frequente foi o C., com quem passei muitas tardes bastante artísticas, vendo bem aos dias de hoje. Além, de brincarmos ao incontornável polícias e ladrões (em que ele era sempre o polícia e eu a esposa que inevitavelmente ficava sempre maluca – ainda hei-de perceber esta nuance!), éramos capazes de passar tardes inteiras a fazer desenhos em folhas A4 para, a um determinado dia – normalmente às 5ªs, inaugurarmos exposições. Mais tarde, em virtude de um gravador que recebeu de presente, passámos a fazer programas de rádio, com entrevistas e programas de culinária, dos que me lembro. Quando, muito a raro, nos encontramos fala-me sempre dessas gravações com muito carinho. Gostava de as (re)ouvir.
Outras brincadeiras, especialmente com a minha prima A., envolviam as inevitáveis bonecas, para as quais fazia as roupas que a minha mãe não tinha disponibilidade financeira de comprar.
Como vêem, já ali estava a génese da minha aptidão e gosto artístico. Era actriz, pintora, programadora e apresentadora de rádio, designer de moda e costureira.

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