restam-me alguns segundos para ensinar
à memória que vais ter de mim
como adormecer na curva das madrugadas
...
Após quase duas décadas, reencontro-me com a escrita de Alice Vieira, desta feita não na área juvenil, com, por exemplo, a trilogia Rosa, Minha Irmã Rosa, mas com este volume de poesia adulta, no sentido de maturidade e não de x-rated.
Este volume recorda amantes ideais (jovens e apaixonados), cuja vida, o tempo e as circunstâncias afastaram. Amantes das palavras não ditas, dos corpos satisfeitos e banhados em suor. As despedidas que ainda não se sabe serem. Os amores e paixões nunca mais encontrados noutros corpos e noutros amantes. Os espaços e tempos existentes apenas no enamoramento.
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