- o que é que escreves?
- A mulher que queria ser.
- Não és a mulher que queres ser?
- Não, estou muito longe disso.
- Não acredito. Que mulher querias ser?
- Inteligente. Confiante. Tolerante. Amiga. Amante.
- Tu és tudo isso. Porquê essa crise de auto-estima?
- Não é crise. É saber a verdade do que sou. É ser eu e não aquilo que procuro ocultar aos demais.
- Mas tu és todos esses adjectivos.
- Não. Sou apenas alguém que utiliza frases feitas de alguém, ditas com uma convicção ensaiada, que emite juízos parciais, incapaz de estar presente em momentos complexos da vida dos outros e que não sabe amar, apenas exigir.
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