- foi tão estranho.
- estranho mau ou estranho bom?
- estranho bom, mas estranho, sabes… foi inesperado.
- inesperado porquê? Não estás com ninguém, ele também não, dão-se bem. acho perfeitamente normal.
- racionalmente sim, mas… estou tão habituada a vê-lo como amigo, que está a ser difícil desformatar-me.
- mas é óptimo que sejam amigos, já se conhecem, compreendem-se.
- sim, isso é tudo verdade. Gosto de estar com ele, da conversa, do carácter. mas nunca o vi, digamos, como homem.
- mas ele até é bastante atraente.
- sim, mas desde que nos conhecemos houve sempre alguém de qualquer das partes. Ele com a Júlia, eu como Pedro e depois com o Miguel. Então nunca pensei nele como homem, mas sempre como o amigo, parte do casal amigo. Nunca foi só o homem atraente, percebes?
- percebo. mas ele e a Júlia já terminaram há bastante, tu e o Miguel também já há uns meses e acho que vocês fazem um bom par. É muito fácil imaginar-vos junto, agora e no futuro.
- do género: é o tal?
- sim, bem, pelo menos de fora, sim. Que dentro do convento, só quem lá está dentro. Mas não estás com vontade de conhecer o convento sequer?
- ahahah. Claro que tenho curiosidade, mas acho que os meus pensamentos são mais pecaminosos do que virtuosos.
- e até parece que nos conventos não, eheheh.
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