Sempre que esperes alguma coisa do futuro, pronuncia um inxalá.
Este é o meu primeiro contacto com este autor, cujo nome sequer conhecia. No entanto, tal como a maioria das descobertas inesperadas, revelou-se-me de uma estranha cumplicidade com o momento que vivo.
Não apreciei particularmente a primeira parte, com a sua prosa poética e hermética. Mas, à medida que o enredo do protagonista se foi revelando e contextualizando o estado de espírito do personagem e a sua viagem, foi-se tecendo essa estranha cumplicidade. A obra oferece uma reflexão sobre a religiosidade e, em particular, as religiões orientais, acabando por ser didáctico. Apresenta o divino como experiência, como caminho a percorrer (metáfora antiga e sempre actual), e o amor como a mais verdadeira forma de ascender ao divino e a única capaz de dar sentido à existência.
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