Há cerca de 12 anos, conheci o Joel numa formação na área do audiovisual. Na altura, o Joel já se dedicava ao guionismo e ao longo dos anos fui acompanhando o seu percurso de escrita através da blogosfera, em blogues como Protuberância. mas a sua escrita não restringe à blogosferea e tem igualmente publicado artigos de cariz humorístico em jornais locais da margem sul.Este ano, o Joel decidiu dar à estampa, em edição de autor, o trabalho Um Cappuccino Vermelho, escrito em 2001, e após um processo de revisão.
Este vermelho do título não engana: esta história envolve sangue, sangue derramado por um assassino profissional – escritor nas horas vagas – que involuntariamente se vê envolvido na trama escrita por outro colega de oficio literário, envolvendo-se inclusive, sem surpresa, com namorada deste, a inevitável femme fatal, e perfazendo o habitual triângulo que caracteriza os policiais.
O livro revela uma estrutura cuidada e pensada, sem discrepância de pormenores. Embora não seja original, a intriga é intrigante e coerente com as idiossincrasias deste pais à beira mar plantado. As personagens e os seus intuitos são compreensíveis, embora nem sempre o Joel lhes consiga conferir uma grande profundidade, como é o caso de Laura, a femme fatale.
Não sendo grande apreciadora de policiais, considero que Um Cappuccino Vermelho está bem conseguido e aconselho a sua leitura. Quem o desejar, pode seguir as novidades sobre a apresentação do livro e também obter informações sobre a sua aquisição no blogue homónimo.
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