Depois de Beowulf, o cinema norte-americano retorna à mitologia nórdica, numa história muito shakesperiana de luta pela sucessão e merecimento e preparação para o trono.
O jovem Thor prepara-se para suceder ao seu velho pai, no entanto, a sua impaciência fazem-no sucumbir a uma intriga palaciana e acaba exilado na terra, onde, é claro, conhece o amor. Esta história simples é condimentada com muitos efeitos visuais, humor, algumas reflexões sobre magia e ciência, e fica com o final em aberto para uma sequela (o pão nosso dos blockbusters atuais).
Voltando ao aspecto shakesperiano do filme, e desconhecendo as mitologias e tradições nórdicas, relembro apenas que Shakespeare situou o seu Hamlet na Dinamarca. Mas esta referências não se fica por aqui, a realização ficou a cargo de Kenneth Branagh, um dos maiores especialistas neste autor, seja pelas adaptações ao cinema, seja pelas suas inúmeras adaptações teatrais, através da sua Royal Shakespeare Company.
É igualmente interessante observar e comparar o papel interpretado por Anthony Hopkins, que, em última análise, é o mesmo que interpretou exatamente em Beowulf.
Título original: Thor | Ano: 2011 | Realização: Kenneth Branagh | Argumento: Ashley Miller Zack Stentz | Elenco: Chris Hemsworth, Anthony Hopkins, Natalie Portman e Stellan Skarsgaard
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