Quando o conto da cigarra e da formiga se funde com o tema de A Bela e o Monstro resulta: A princesa e o Sapo.
Na Nova Orleães, algures na década de 20 do século passado, uma jovem esfalfa-se a trabalhar para cumprir o seu sonho de infância: ter o seu restaurante. Nesse percurso, conhece um sapo, nada mais do que um príncipe deserdado que acaba enfeitiçado pelo voodoo. Em vez de quebrar o feitiço com o famoso beijo, também ela fica enfeitiçada, vivem os dois várias aventuras, mas lá terminam, com o amores para sempre, juntos e cumprindo os seus sonhos, ela de ter um restaurante e ele de tocar jazz.
Longe de ser um qualquer marco na animação, permite-nos algumas reflexões:
- ao adoptar uma protagonista negra e um herói indiano, indica o peso destes dois públicos, quer no mercado americano, quer a nível mundial. Seria interessante perceber o impacto desta escolha junto destes públicos.
- mais do que o provérbio: quem feio ama, bonito lhe parece, que parece estar na génese destas histórias (A Bela e O Monstro incluída), está subjacente o conceito de que homem feio mas rico tem sempre uma mulher bonita. logo, a beleza é um bem que pode adquirir e/ou uma moeda de troca.
- os príncipes Disney são uns desocupados, que se limitam ser príncipes e bonitos, não tendo sequer a responsabilidade real de governar um reino.
- as futuras princesas são, muito modernamente, umas plebeias trabalhadoras e dotadas de uma beleza encantadora. (Volta Rapunzel, estás um bocado aperdoada.)
Título original: The Princess and the Frog * Realização e Argumento: Ron Clements, John Musker * Elenco (VO): Anika Noni Rose, Keith David e Oprah Winfrey
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