Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois
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30.1.14

Cara C.,

Como já percebeste, não dedico grande tempo às redes sociais. Como tal, não tenho uma presença muito visível, aliás, é até inócua, mas muito ponderada. Aceito qualquer crítica relativa à pouca interacção com as pessoas e antigas amizades. Aceitaria muito bem se esse tivesse sido o teu reparo.
No entanto, não nos vemos há anos e trocamos mensagens de quando a quando. Mea culpa, eu sei. E recebo uma mensagem intitulada de urgente para não falar com determinada pessoa associada numa rede social a uma instituição à qual estou, digamos, superficialmente ligada?
Não é a primeira vez que tens tal atitude: achar que me podes proibir de falar com alguém que não queres. Mas a nossa antiga amizade não te dá qualquer direito de exigir seja o que for. Ao faze-lo, está a por em causa diversas questões. Primeiro, a minha capacidade de respeito pela privacidade das pessoas com quem me relaciono. Logo, demonstras que não confias em mim e creio, corrige-me se necessário, não te ter dado razões para tal. Depois, esse desejo nem sequer é altruísta. Não tens o desejo de me defender seja de quem for. O que queres é evitar que ao falar com determinada pessoas se liguem determinados pontos e a imagem que procuras transmitir caia por terra. Acreditas mesmo que ainda não vi para lá de tal imagem?
Uma das razões para o meu afastamento é que na verdade já não tenho paciência para as historietas que crias em teu redor. Quando era mais miúda era engraçado, mas depois crescemos e temos outros assuntos e compromissos que nos ocupam e certas intrigas deixam de ter relevância. Talvez me esteja a tornar numa velha, mas paciência, acredito que as coisas têm o seu tempo na nossa vida e esse passou.
Estarás sempre no meu coração, mesmo que não estejas na minha vida actual.

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