No âmbito do programa, a frase referia-se à classe política, mas a verdade é que a mesma se aplica a qualquer um de nós em dado(s) momento(s) da nossa vida. E este é um sentimento que me tem assolado relativamente à minha prestação enquanto ECG, um desafio que assumi com vontade (e alguma vaidade), mas ao qual não fui capaz de cumprir as expectativas de quem me rodeia.
Analisando, as minhas circunstâncias pessoais foram complicadas e entrei em processo de colapso. Porquê? Talvez porque sou uma pessoa de reacção lenta, ou seja, necessito de tempo para ir ao fundo e voltar. E creio que não me tenha dado esse tempo, ou apenas essa seja uma desculpa minimamente plausível para mim e para os demais. Outro aspecto que falhou no meu desempenho foi ter-me preocupado unicamente com a minha equipa de trabalho directa e ter negligenciado o aspecto de visibilidade que o cargo exige, junto de EE e de elementos.
Estava apta para o cargo que assumi? Sim e não. Por um lado, estava ciente de que não tenho o perfil adequado ou usual neste tipo de cargo. Por outro, tinha a noção de que era uma oportunidade única para testar capacidades e competências que tinha vindo a desenvolver.
Ainda citando JMT, “a política é a gestão daquilo que é possível fazer.” E o desafio é tentar fazer o que é certo num dado momento. É certo que falhei. E que não consigo, de momento, ter plena consciência do que aprendi com este colapso, bem como se conseguirei fazer frente às circunstâncias em situações futuras. Espero sinceramente que consiga transpor para as minhas acções mais serenidade e consequentemente discernimento e deste modo, se os meus colegas acharem por bem, fazer frente ao desafio no próximo ano escotista.
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