para a Inês Dias
dias grandes, irredutíveis a versos,
em que a indecisão da luz
nos açoita de felicidade.
São dias raros, futuras
imagens do nada, o suficiente
para que a palavra amor substituao primeiro cigarro da manhã.
Chegámos tarde. O quarto 203
trazia-me de novo o teu corpo.
E até a música dos sinos
vinha deitar-se connosco.
Telhados de Vidro n.º 3 [Último poema do tríptico Passeio Alegre]. Lisboa, Averno, 2004, p. 44.
Sem comentários:
Enviar um comentário