Quando era
miúda, os meus irmãos – 8 e 10 anos mais velhos – chamavam os nossos pais de “os
meus velhos.” Isso irritava-me profundamente, porque além de serem os meus pais
e considerar o termo pejorativo, associava-o aos meus avós, assim todos cheios
de cãs. Hoje, que o meu pai é avô e tem o cabelo todo branco percebo-lhe as
muitas fragilidades que o tempo lhe causou, mas mesmo assim custa-me chamar-lhe
velho.
A Vida e a Morte (1916), Gustave Klimt |
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