2.6.12
Sobre a reorganização autárquica
A pouco mais de um ano sobre as próximas eleições autárquicas é normal que comece o habitual baile de cadeiras, em que alguns tentam, até à força, surripiar o assento aos demais. As próximas eleições terão, no entanto, uma particularidade: serão as primeiras a obedecer ao novo mapa autárquico – e as cadeiras, em principio, serão bem menos. Então, como devem calcular, a atual dança está a ser tudo menos pacífica.
Cada proponente a um lugar joga com todos os trunfos ao seu dispor, mesmo os menos politica e eticamente correntes, mas como diz o provérbio: em tempo de guerra, não se limpam armas. Para alguns, este é mesmo um caso de sobrevivência, seja de que espetro partidário, há em todos estes clubes politarecos de carreira que findos os mandatos têm a fila da segurança social à espera. E haverá por certo quem não ache muito interessante contratar um ex-autarca. Bem, mas isso depende sempre das intenções. Na verdade, gostaria muito de ver que currículos apresentam estes ex-futuros autarcas.
O novo mapa autárquico não está isento de novas possibilidades. por exemplo, para quem tinha atingido o limite de mandatos à frente de um município ou freguesia, há agora novas possibilidades. Mas essas serão apenas para alguns, e utilizando de novo um provérbio: são cem cães a um osso.
Este vai ser um verão quente, talvez mais do que o de 2013 que será de pré-campanha. Quem tem armas utilizá-las-á, quem não tem vai procurar criar situações e condições favoráveis. Além de muitas palmadinhas nas costas, haverá talvez ainda mais punhaladas. Sim, sobreviverão os melhores, mas os melhores dos piores. E nós? Votaremos ou não nos menores dos males, sujeitos às suas agendas em que os munícipes e fregueses são apenas degraus para outros poisos.
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