No âmbito de Braga – Capital europeia da Juventude 2012, realizou-se no passado dia 9, no Instituto Português da Juventude, em Lisboa, uma sessão de diálogo estruturado onde se procurou refletir sobre voluntariado e empreendorismo, desafiando o desenvolvimento de uma nova perspetiva sobre os mesmos e o modo como se podem e devem integrar.
A maioria tem visões restritas destes dois conceitos (caridade e dinheiro, respetivamente) e considera-os antagónicos. Na verdade, os dois representam um valor acrescentado mas não necessariamente financeiro. O voluntariado é uma oportunidade de adquirir e desenvolver competências, valorizando quem o pratica. O empreendorismo é a capacidade de transformação e de perseverança na conquista de um objetivo.
No meu caso, o escotismo representa o casamento destes dois conceitos. Sou voluntária e não faço caridade, mas se esta existe, tem sido comigo própria, pois tem sido um suporte e um escape em momentos complicados. O escotismo tem também sido a pedra de toque de uma faísca que não possuía. Tem incutido em mim a ambição e a capacidade de me transformar, não me resignando indefinidamente a uma situação.
Mas este casamento não é óbvio para a maioria e enquanto estes conceitos não se alterarem na mente das pessoas, continuaremos com uma sociedade aquém das suas possibilidades.
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