As relações são complexas e o que queremos e com quem queremos nem sempre é o mesmo. Tal como nem todos somos talhados para o que se espera de nós, nem nós, na maioria dos casos, sabemos o que queremos.
O namoro é uma relação estável, pautada por um contacto rotineiro e praticamente diário, maioritariamente várias vezes ao dia. Tem a vantagens de permitir a construção de uma intimidade e, usualmente, evolui para o casamento ou união de facto. Requer dos seus intervenientes uma disponibilidade emocional e temporal.
Nas amizades coloridas, que são o mais parecido com o namoro, mas sem a disponibilidade temporal, permite que se tenha a amizade – com saída para um copo, um jantar descontraído, idas ao cinema e outros programas - e sexo recorrente, mas sem qualquer tipo de vínculo, a não ser o de desfrutar das companhia alheia.
Há também as pessoas por quem sentimos uma grande atracção física, mas com as quais é muito complexo estabelecer um diálogo. Se o nosso corpo deseja, a nossa mente enfastia-se. São exactamente as pessoas com quem saciamos o corpo, sem qualquer expectativa, pois não existe. E normalmente, esse saciamento esgota-se ao fim de meia dúzias de quecas, porque o corpo quer, mas a mente ainda quer mais.
Mas, por mais que até achemos alguém interessante, há sempre quem não nos suscite a mínima atracção física, e se alguém achar que não é importante, é mentira. Há pessoas que por mais que queiramos, não passarão de uma amizade platónica. Alguém cujo simples toque nos arrepia, não com borboletas no estômago, mas sim com um gélido arrepanhar na espinha.
Que queremos nós afinal? A cada um a sua resposta.
QUE TEXTO QUER LER NA 2ª QUINZENA DE JANEIRO?
As Sandálias 1 (14%)
Errata 0 (0%)
As âncoras que nos Lançamos 0 (0%)
Namoros, amizades coloridas, fuck buddies, e amizades platónicas 5 (71%)
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