Falo da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitei o convite
Tenho medo de me dar
E não é meu o que queres comprar
Deixa-me rir
já lambi muitas lágrimas
Conheço os cambiantes do seu sabor
E tu nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não te vou falar de amor
Pois é , pois é
tenho vivido escondida a vida inteira
Domingo sei de cor
O que vou dizer Segunda-Feira
Deixa-me rir
Nunca perscrutei esse engenho
De que falam com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso
Deixa-me rir
Não queiras entrar em mim
nem Ser meu mestre nem por um instante
não te vou dar a chave do meu refúgio
as minhas mãos já são quentes
E a máscara aconchegante
Deixa-me rir, Jorge Palma
Deixa-me rir, Jorge Palma
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