O meu herói de criança e adolescência foi sempre Indiana Jones, tanto que nas minhas redacções de primária sobre o que queríamos ser quando fossemos grandes a escolha natural era: arqueóloga. E lá me via com uma roupa cool a percorrer o mundo em mil e uma aventuras a descobrir segredos da humanidade que até aí ninguém tinha conseguido. É claro que depois cresci e os cavaleiros jedi começaram a ser também interessantes, mas IJ continua a ser o meu modelo de herói: inteligente, que passa à acção sempre que necessário, sem medo de pelo meio destruir uns quantos tesouros históricos.
IJ entrou no nosso imaginário em 1981 com Os Salteadores da Arca Perdida, ao qual se seguiu o mais sorumbático Templo Perdido em 1984. Em 1989, Jones é acompanhado pelo seu pai na Grande Cruzada, na qual ficamos a saber algo mais do seu passado. O seu passado foi depois explorado na televisão na série de 1992, Crónicas de Juventude. Mas como os heróis são sempre heróis, Spielberg ressuscitou a personagem em 2008, nesta Caveira de Cristal, mostrando que, apesar da idade, quer IJ, quer Harrison Ford, ainda estão para as curvas, piscando ainda o olho a futuras sequelas. A passagem de testemunho é assegurada com um novo personagem, Henry Jones III, interpretado por Shea Labeouf, com cartas já dadas em filmes de acção como Transformers.
IJ e a Caveira de Cristal traz-nos o nosso herói de sempre e apesar dos exageros (vá, liberdades criativas) das cenas de acção, não nos sentimos defraudados. IJ ainda é IJ.
(E a Karen Allen continua a ser a dona dos mais belos olhos do cinema.)
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