Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante do que o conhecimento.
Albert Einstein
Em momentos de crise, só a imaginação é mais importante do que o conhecimento.
Albert Einstein
Ao (re)lê-los, constato que:
- este é um autor desconhecido do público em geral, daí que tenha comprado quase todos os seus livros em feiras do livro de fundo de colecção;
- a sua obra tem uma maior projecção em França, onde vive exilado, daí que seja mais fácil adquirir as suas obras em francês, quer pelo preço, quer pela variedade;
- talvez a obtenção deste prémio signifique um maior reconhecimento e a reedição das suas obras.
Salienta ainda a importância da leitura dos clássicos e relembra Descartes quando este afirma que a leitura é uma conversa com as melhores pessoas de outros séculos, sendo que a leitura é uma amizade pura, pois não há quaisquer expectativas subjacentes. Aceita-se o nosso interlocutor sem qualquer juízo de valor.
Zimbório s. m. 1. Arquit. Arquit. A parte externa e superior da cúpula dos monumentos. 2. Bras. A cabeça.
Abside - s. f. 1. Espécie de corredor semicircular na parte lateral e posterior do altar-mor. 2. Tribuna. 3. Dossel que encima o sacrário. 4. Relicário. 5. Astron. O apogeu e o perigeu de um planeta.
lambrim - (francês lambris) s. m. Revestimento de mármores, estuque ou madeira, nas paredes de uma sala. = lambri, lambril
Existe actualmente uma grande variedade de ofertas formativas no campo da escrita criativa e, infelizmente, ainda não tive a oportunidade de participar em nenhuma. Penso que seria útil pois dotar-me-ia de mais algumas ferramentas que permitissem uma maior correcção na expressão escrita, mas, sobretudo, desafiar-me-ia a pensar out side the box.
No entanto, para escrever bem, não há nada melhor do que… escrever. Quase todos os dias exercito a minha expressão escrita com os pequenos textos publicados neste blog. Mas estes não são os exercícios que me dão “dores de cabeça”. Essas são a nível profissional, onde tenho de produzir textos tão variados como: ofícios, mails, declarações, actas, normas, slogans, press releases, etc. não é à toa que muitas vezes digo que deveria receber um ordenado de copywriter, mas o mais correcto era auferir como ghostwriter, uma vez que grande parte dos textos que produzo são posteriormente assinados pela minha chefia.
Isto suscita-me a questão: para quando formações em escrita funcional?
Nesta obra fundem-se as duas acepções que o título pode assumir:
1. português errante – homem oriundo de um país em deambulação pelo mundo;
2. português errante – língua utilizada através de tentativa e erro.
A primeira acepção tem como referência máxima o périplo de Ulisses e o seu desejo sempre adiado de retornar à sua Ítaca natal. A segunda acepção apresenta-nos uma poética do autor do qual se destaca um excerto:
Um livro. Navegação por dentro
Errância que não chega a nenhuma Ítaca.
Um livro se repete. Um livro
Essa pergunta
Incognoscível código do ser.
Metáfora de cornos e pés-de-cabra.
Um livro. Esse buscar
Coisa nenhuma.
Ou só o espaço
O grande interminável espaço em branco
Por onde corre o sangue a escrita a vida.
Um livro.
As duas tornam-se indissociáveis no sujeito poético e formam a sua identidade, na qual ramificam ainda outras referências bíblicas, clássicas e literárias.
O paciente sofre de pletora, o que explica os síntomas de mau estar geral. Esta patologia conduz a um debilitante estado de estase física e anímica.
Sugere-se um tratamento com base num novo fámaco existente no Mercado, no entanto, o paciente mostra-se recalcitrante quanto à sua posologia.
Avoengo - do b. Lat. Avolencu. adj., que procede de avós; relativo aos avós; s. m., (no pl. ) antepassados de quem descendemos em linha recta.
xantodermia - s. f. 1. Coloração amarela da pele. 2. Icterícia localizada em certos pontos dos tegumentos (palmas das mãos, planta dos pés, etc.).
calistenia - s. f. Ginástica rítmica.
Esta semana é pródiga e invulgar em feriados: dois para a maioria, tripla para os lisboetas. Mais do que fim-de-semana grande, é uma semana de férias, o que significa manada por essa A2 a baixo e que se lixe a participação cívica no domingo passado. Afinal, valores mais altos se levantam.
Será que esta situação alguma vez se inverterá? Como afirma António Barreto no seu discurso nas comemorações de hoje, Portugal mudou muito nas últimas décadas, mas estas mudanças ainda não atingiram o nível necessário e desejado: o progresso. Ainda mantemos uma série de pecadilhos identitários e falhamos a desejada “instrução” que nos permitiria, por exemplo, interiorizar a noção de cidadania europeia e o seu impacto no nosso quotidiano.
A sociedade modernizou-se, mas sem mudanças de mentalidades nunca será possível fugir à mediocridade.
Havia também a mesa dos amigos do noivo, que ficava contigua à nossa. A composição não era muito diferente, quase tudo casais à excepção de um corajoso solteiro. No fundo, comparecer a este tipo de evento sozinho requer uma certa dose de coragem. Há quem se recuse sequer a comparecer por não ter companhia no momento. Mas há uns quantos de nós que se estão borrifando para as expectativas sociais dos outros, e até próprias, e avançam, mesmo sem alguém pelo braço.
O corajoso solteiro ficou sentado quase na minha direcção. Não estávamos frente a frente, mas sempre que um de nós se inclinava para falar com um colega de mesa os nossos olhos cruzavam-se. Daí que partilhámos vários dos sorrisos da praxe nestas situações. Afinal, entre o início do copo de água e a saída gradual dos convidados, ainda decorrem algumas horas.
A taxa de abstenção das eleições para o parlamento europeu rondou os 63%, o que é ainda mais impressionante, pois a União europeia regula actualmente grande parte das nossas vidas. Este nível de abstenção revela uma grande inconsciência colectiva. A maioria das pessoas não tem noção de como é a nível europeu que grande parte do nosso quotidiano é decidido e por isso mesmo é imperioso que todos tenhamos algo a dizer sobre quem nos representa.
nunca planei, foi sem intenção
ganhei coragem, de bebida na mão, perdi a discrição
não estou habituada, apenas quero provar-te
deixas-me curiosa, chamas-te a minha atenção.
beijei uma rapariga e gostei
Do sabor framboesa do seu batom
Beijei uma rapariga apenas para experimentar,
Espero que o meu namorado não se importe.
Soube a errado
Soube tão bem.
Não significa que esteja apaixonada esta noite
beijei uma rapariga e gostei, gostei.
Não, nem sequer sei o teu nome, não importa.
És o meu jogo experimental, apenas natureza humana.
Não é o que as meninas boas fazem, nem como se devem comportar.
Fico tão confusa, sem obedecer.
Nós raparigas somos tão mágicas,
Pele suave, lábios vermelhos, tão apetecíveis.
Difíceis de resistir, tão sensuais.
Demasiado boas para resistir.
Esta foi a minha primeira incursão pela escrita de Manuel Alegre e não será a última, pois estou a ler a edição da colecção Frente e Verso e ainda me resta ler o Livro do Português errante. No entanto, não apreciei particularmente esta Terceira rosa.
Como afirma Clara Rocha no posfácio à obra, o autor transporta para o nosso século “as questões e as regras do amor cortês”. Ou seja, retrata o “amor da mulher ideal e inacessível, e os obstáculos que dificultam a união amorosa”, que conduzem o amante a uma paixão que “está ligada à morte e implica a destruição para aqueles que a ela se entregam plenamente.
Embora em termos estilístico e temático o romance seja bem conseguido, este não é um género literário que me apraze, dai que a leitura do mesmo tenha sido morosa e pouco recompensadora. No entanto, levou-me a pesquisar alguns poemas sobre a rosa – já aqui postados – da autoria de Ronsard, Yeats e Cummings, o que foi bastante interessante.