Este texto é a versão escrita de uma conferência proferida em 1905 em resposta a um texto de John Ruskin. Nesta dissertação, numa primeira fase, Proust relata a sua experiência de leitura com o objectivo de contextualizar a sua postura sobre a finalidade da leitura e que se confundem com os seus limites e virtudes. Chama a tenção para a existência de práticas de leitura salutares (iniciadoras) e negativas (erudita e letrada). Considera que a leitura se deve conciliar com a vida quotidiana, pois é o leitor quem faz o livro. Ou seja, não se lê um livro, lemo-nos nos livros e basta apenas traduzirmo-nos.
Salienta ainda a importância da leitura dos clássicos e relembra Descartes quando este afirma que a leitura é uma conversa com as melhores pessoas de outros séculos, sendo que a leitura é uma amizade pura, pois não há quaisquer expectativas subjacentes. Aceita-se o nosso interlocutor sem qualquer juízo de valor.
Sem comentários:
Enviar um comentário