Esta emblemática casa lisbonense fechou há poucos dias as suas portas. Foi com alguma melancolia que vi a reportagem na tv e na qual eram entrevistados muitos dos funcionários. Reconheci quase todas as caras que atendiam a minha mãe quando lá íamos.
Antes da grande profusão do pronto-a-vestir mais económico, e tendo em conta que o Cacém não era exactamente um ponto comercial, uma das opções era mandar fazer a roupa a uma costureira. Principalmente para roupa especial. Então, quando havia um casamento, o normal era ir uma tarde a Lisboa, principalmente um sábado, e visitar os tecidos do Rossio em busca de um tecido para a toilette. Víamos também os Armazéns do Chiado e do Grandela, que visitámos 4/5 dias antes do incêndio que os destruiu, e mais tarde a Feira dos Tecidos.
Não tenho bem a certeza, mas creio que os últimos fatos que mandámos fazer foram os do casamento do meu irmão. Depois começaram a abrir mais lojas no Cacém, a proliferar Centros Comerciais com vários tipos de oferta, relativamente em conta, e porque a mão-de-obra começava a encarecer bastante as roupas, deixamos de ir lá. E como nós, tantas outras pessoas, o que originou o encerramento da loja.
É uma consequência da mudança de hábitos, de mentalidades, de ofertas comercias, de tudo. Mas não deixa de haver uma certa nostalgia por esse período.
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