Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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20.11.14

Sobre decisões

Tomar decisões nunca me foi fácil. Tomar decisões significa escolher entre opções e eu sou por natureza uma conciliadora. Ou seja, porquê escolher se, com um pouco de boa vontade e astúcia, se pode ter um pouco de tudo.
O problema é que um pouco de tudo ou um pouco de algo não é o suficiente. Nunca nos dedicamos de corpo e alma a nada e acabamos por sentir que apenas andamos a apagar fogos, sempre extenuados desse esforço porque não tivemos o tempo ou a capacidade de perceber a sua eclosão e até prevenir. por vezes, só a dedicação sincera e de corpo e alma permite ver uma situação sob todos os ângulos e agir de acordo com as diversas, e necessárias, perspectivas.
Cada decisão implica uma abdicação e nós somos seres cumulativos. Queremos sempre mais. Nunca queremos perder e adiamos ao máximo as decisões que sabemos importantes.
Cada opção traz consigo um desconhecido com que receamos não saber lidar. Este receio impede-nos de tomar (quem sabe) as melhores decisões da nossa vida. Ou leva-nos a que outros decidam por nós.

A cada encruzilhada é importante ponderar: o que receio mais ao tomar esta decisão? Será o quê, o como, o quem, o onde, o quando, o efeito? Ao percebermos o que mais receamos podemos preparar-nos para o que, no final, serão apenas sombras esfumadas. E se o receio subsistir, avancemos então pelo maior deles. Os outros serão então, e apenas, meros passos no caminho.

Bruno Quinquet

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