De Williams, toda a gente retém a sua inquestionável veia cómica, mas para mim será sempre O Homem Bicentenário. Longe de ser um dos seus registos mais aclamados, este é um dos que mais me tocou e que me conquista a cada encontro furtuito na tv. Numa versão moderna de Pinóquio, Williams dá corpo e sentimento a um robô que ao longo de dois séculos procura perceber o que é o ser humano e sê-lo. Então, para mim, Williams é a procura da centelha humana e a consciência da sua fragilidade, fragilidade que venceu o actor que conquistou o mundo inteiro exactamente com a sua humanidade. Que tenha encontrado a paz desejada.
Já Bacall, dona de uma beleza impar, é uma das epitomes da mulher que soube envelhecer aceitando a idade, mas não se deixando subjugar (à tirania da estética), o que fez perdurar a sua carreira e fará perdurar a sua memória.
Fotograma de O Homem Bicentenário (1999) |
82ª Edição dos Óscares (2010) |
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