Denominado romance espiritual, Carta Branca é uma tentativa de expor alguns dos valores e conceitos defendidos pelosautor através da ficção. Como produto ficcional, falta-lhe alguma coerencia narrativa, maior profundidade no desenvolvimento de personagens, e maior dominio linguistico. Como produto de desenvolvimento pessoal, embora estas fragilidades literárias não ajudem, pode-se, no entanto, retirar alguns conceitos e, sobretudo, tem a vantagem de alguns dos conceitos serem explicados tendo como base terminologia portuguesa, sendo que não se fica com a sensação do lost in tanslation.
Creio que o livro não atinge uma qualidade mediana. No entanto, como o próprio autor afirma, é um primeiro exercicio de transposição para a ficção de valores e conceitos advogados por si. Pelo menos, fica uma certa curiosidade sobre outros trabalhos de Gustavo Santos, uma vez que actualmente esta é uma área de interesse pessoal.
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