11.5.12
Anno Domini 1348, Sérgio Luís de Carvalho
Esta foi a minha primeira incursão pela obra deste autor nacional e à qual não teria chegado senão fosse pela sua inclusão na lista de leituras do Clube de Leitura do Museu Ferreira de Castro.
Não sou muito dedicada à leitura de romance histórico e o facto do enredo se situar em Sintra, talvez devido à proximidade, não tornava, à partida, esta leitura muito aliciante. O fato de ter vencido o prémio Ferreira de Castro, atribuído pelo município, também não. Mas, felizmente, enganei-me redondamente.
Esta obra tem a sua construção ficcional baseada na hipotética vida do real João Lourenço, tabelião que exerceu a sua profissão na vila durante a época retratada. Essa construção ficcional transporta-nos para diferentes modos de vida, a organização social existente, a vivência da vila (ora longe, ora perto de Lisboa), os percursos concelhios (Colares, Várzea, Vila, Judiaria – que desconhecia existir), o mester de tabelião, a cosmovisão existente (deus, guerra e peste). Como recursos estilísticos, utiliza a alegoria (bestiário) e procura reproduzir a terminologia e sintaxe da época.
Recomendo esta interessante surpresa.
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