A chuva bate no vidro num ritmo ora quase imperceptível ou com uma violência que faz estremecer a caixilharia da janela.
Sinto um arrepio e aperto-me mais ai teu corpo quente e adormecido sobre mim. Moldo-me ao teu tronco displicentemente deitado sobre a cama e pelas tuas pernas entreabertas coloco a minha que sente o calor das tuas coxas e a carícia dos teus pelos na minha pele. Aconchego-me mais.
O braço sobre o teu tronco, a minha mão sobre o teu peito. Deixo-me embalar pelo ritmo calmo do teu coração e já não há chuva lá fora que me acorde, nem frio que me arrepie, nem tremor que me assalte. Guardas-me no teu abraço e seguras-me a mão.
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