A Companhia Nacional de Bailado apresenta três composições de diferentes coreógrafos e com acompanhamentos musicais distintos. Mas sendo uma apresentação conjunta, coloca-se a questão de encontrar um fio condutor ou de união dos três momentos. Daí, que este seja um espectáculo no feminino. O primeiro momento reportará à adolescência em que os movimentos parecem denotar uma procura de identificação quer através da experiência individual quer pela imitação dos outros. Com ritmos que lembram o flamengo e o sapateado e o desenho de luz, em claro escuro ajuda a construir uma linguagem cinematográfica, relembram os antigos filmes slapstick. O segundo momento seria o do primeiro amor, na sua delicadeza e entrega. Já o último momento seria a representação da mulher nas suas vertentes de sensualidade, paixão e desejo, numa celebração da vida.
Sendo este um espectáculo pensado para itinerância é legitimo fazer um exercício mental de adaptação a salas com características técnicas diferentes da Sala Camões. Aliás, seria interessante adaptar o espectáculo a, por exemplo, um anfiteatro, que implicaria uma adaptação de luzes. Ou até em apresentações ao ar livre no período estival.
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