Nunca entendeste porque, em vez de flores, quis livros.
As flores vivem quando estão na terra e rapidamente se eclipsam sem a sua força primordial. Os livros não têm raízes, florescem quando de mão em mão visitam novos homens, novas pátrias.
As flores são efémeras, findam-se a cada pôr do sol. Os livros vivem da luz que cada leitor derrama sobre as suas entrelinhas, por vezes escritas a lápis.
Por isso, de ti só queria livros para imaginar e, quiçá, uma sebenta para o esquisso de nós.
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