- Consegues perdoar e esquecer?
- Perdoar e esquecer? Não. Consigo virar a página, mas não consigo fazer tábua rasa. Não são metáforas originais, eu sei. Mas são as que me ocorrem.
- Acredito. Também só me ocorre dizer que isto será sempre uma pedra no sapato entre nós.
- Realmente, não nos podemos gabar de originalidades.
- Talvez devêssemos fazer um curso de escrita criativa.
- Ahah. Sim, é uma possibilidade.
- Quem sabe, poderíamos encontrar um final menos cliché para esta história.
- Achas?
- Não, realmente não. Na verdade, não há muita volta a dar à questão. As coisas são como são.
- Sim. Mas acho que tens razão. Devíamos fazer um curso qualquer. Assim, não faremos os mesmos erros quando tentarmos escrever outra história.
- Bem, essa lição já aprendi. Acredita!
- Acredito!.
- Mas ainda não está pronta para outra tentativa?
- Ainda não.
- Compreendo.
- Às vezes, não é irritantemente irritante tanta compreensão mútua?
- Eheh. É o fatalismo da maturidade. Sermos estupidamente compreensíveis.
1.10.08
Diálogo amoroso II
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Estes diálogos fazem-me recordar uma fase da minha vida (que por vezes ainda acontece), que eu passei...
ResponderEliminarMas é isso mesmo passado.
Beijo