Para quem gosta de pintura, o mais fascinante deste filme é transportar-nos para a luminosidade dos quadros de Vermeer, através da fantástica cinematografia de Eduardo Serra. Pena foi que o óscar fosse parar a outras mãos.
Baseado no livro homónimo de Tracy Chevalier[1], o enredo procura dar-nos a história por trás de um dos mais enigmáticos quadros do autor. Enigmático pela simplicidade do objecto retratado: uma jovem, numa posição pouco usual para a retratistica da época, e sem quaisquer outros elementos de composição. Não há cenário, nem grandes adereços. Apenas um pano a cobrir os cabelos da jovem e trazendo para primeiro plano o singelo brinco de pérola. Por trás, adivinham-se amores sublimados, traições, paixões, poder e luxúria.
[1] Autora que descobriu o filão das possíveis intrigas por trás de obras e figuras históricas como as tapeçarias de A Dama e o Unicórnio e a genialidade de William Blake.
O filme está espectacular, mas o livro ainda é mais fascinante, se quiseres posso emprestar-te eheheheh
ResponderEliminarBeijo