E Nos Confins do Mundo se finda uma das mais populares trilogias cinematográficas dos últimos tempos. Mas será que finda? Talvez para os mais incautos, porque este “último” capitulo, e é importante realçar a importância das aspas, lança simultaneamente os alicerces para uma futura demanda por terras de fantasia e magia onde quase tudo será possível.
Mas, voltando a este capítulo, concluímos que os seus grandes triunfos não passam pelo enredo que se mostra apenas como mero veículo para a exibição do que de melhor se faz actualmente a nível de efeitos especiais. Aí, sim, temos que dar crédito ao filme, pois os efeitos digitais são dos melhores que têm aparecido no grande ecrã. Bem como todo o trabalho de caracterização, guarda-roupa e cenografia. Nem sei mesmo qual destes aspectos será o melhor, todos no seu conjunto são de um deleite visual. O enredo é mesmo o elo mais fraco do capítulo. No que diz respeito a novas personagens, há que realçar a interpretada por Ken Watanabe, como pirata oriental. E esta incursão pelo oriente permitiu um guarda-roupa extraordinário.
Quanto aos efeitos especiais, já no segundo capítulo achei extraordinário o realismo da personagem de Davy Jones. Neste capítulo, considero que o episódio dos caranguejos um dos mais bem conseguidos.
Surpresas mesmo, há a reviravolta final no destino da personagem do Will, o que põe em movimento a engrenagem para uma nova aventura.
Quem me conhece sabe que não gosto de contar a história dos filmes para não estragar a surpresa a quem ainda não viu, mas é-me difícil explicar a previsível tese de enredo da próxima aventura sem abrir o jogo. Por isso, quem não viu recomenda-se acabar a leitura por aqui.
Quase no final, Will sofre um ferimento mortal e a única maneira que Jack tem de o fazer sobreviver é fazendo-o ocupar o lugar de Capitão do Holandês Voador, anteriormente ocupado por Davy Jones, o tal do Cofre do Homem Morto. Nesta condição de semi-vivo, ou semi-morto conforme o ponto de vista, Will vê-se na condição viver neste entre-mundo durante toda a eternidade e tem somente a oportunidade de ir a terra de 10 em 10anos. E só aí poderá ver a sua Elisabeth.
E é aqui que entra o 4º capítulo. Como ela é uma simples mortal, o tempo acabará por lhe trazer não só a velhice, mas também a morte. Ora bem, é aqui que entra Jack, que no final da aventura consegue ficar com um mapa que indica a localização da fonte da eterna juventude. Como vêem, estão lançados os dados para a quarta aventura.
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