A verdade é que do que vi achei tudo uma grande treta, como tantas outras seitas que por aí existem que exploram a necessidade das pessoas de se encontrarem dando-lhes algumas fórmulas bem testadas e um bom marketing.
Tudo aquilo me pareceu funcionar à base de livros e workshops de desenvolvimento e auto-ajuda que permitiriam às pessoas atingir vários níveis de descoberta, aceitação e utilização da sua espiritualidade.
Talvez o objectivo até seja louvável: as pessoas encontrarem-se, entrarem em contacto, com a sua espiritualidade e viverem-na. mas o modo como esta é obtida em nada me parece diferente das outras seitas. Ou seja, tudo passa por uma espécie de lavagem cerebral, com a realização de sessões pagas (lá anda o dinheirinho à baila) e sem previsão de término. Só faltava falarem em dízimo, pois não há dúvida de que quem adere desembolsa um quanto dinheiro.
Há sempre algo que me intriga nas pessoas que aderem a estas seitas. Até compreendo que algumas estejam em situações desesperadas e que se agarrem a tudo o que lhes pareça uma bóia de salvação, mas há outras que simplesmente me parecem muito tótós. Há tanta maneira de desenvolvermos a nossa espiritualidade, de fazermos algo por outrem, de sermos melhores pessoas, sem ter de recorrer a este tipo de instituições um tanto ou quanto estranhas e obscuras. A ideia que fiquei desta é que funciona como uma máfia, ou qualquer coisa do género, em que fazendo-se parte do grupo tem-se benefícios sim, mas não exactamente de ordem espiritual.
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