O enredo conta-nos a história de uma senhora de sociedade, que devido ao seu poder económico, se dá ao luxo de por e dispor da dignidade dos seus empregados. Mas, a dado momento, é obrigada a conviver numa ilha deserta com um dos empregados maltratava e os papéis invertem-se. Estes lá acabam por se apaixonar e prometem que ao sair da ilha irão continuar a viver esse amor. No entanto, após o seu salvamento por alguns desencontros, tal não acontece.
Esta versão moderna de Robinson Crosue poderá querer demonstrar que amor e uma cabana é um ideal muito bonito, mas que tal só funciona se realmente não houver mais “mundo” ao redor. Pois a vida real apresenta-nos demasiadas exigências para que quotidianamente nos possamos abstrair do nosso papel na sociedade e simplesmente deixemos tudo para trás.
No entanto, o filme também aborda o tema da mudança. São-nos apresentadas personagens que evoluem ao longo da trama, no entanto, no final não têm a coragem necessária para realizarem na sua vida mudanças condizentes com essa evolução. Os acontecimentos da vida mudam-nos, fazem-nos ver coisas que anteriormente não víamos, a dar valor a algumas coisas e também a não nos preocuparmos com outras. Às vezes precisamos de uma pedra de toque, no entanto, não podemos fazer depender de alguém a necessidade de mudança, porque ela depende apenas de nós. Se estivermos sempre à espera de algo ou de alguém para realizamos mudanças nas nossas vidas nunca o faremos e viveremos sempre aquém das nossas possibilidades.
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