Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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28.3.14

Como aferimos o nosso valor?

A nossa sociedade há muito que se rendeu aos índices quantitativos e só recorre aos qualitativos quando os demais são escassos e a vergonha de os apresentar só pode ser mitigada pelo eventual prazer da exclusividade. Quando tudo é desenhado para ser tangível, logo quantificado, como podemos aferir – e crer- o nosso valor se nada temos de palpável, nomeadamente património e/ou valor pecuniário?
Podemos sempre evocar a nossa capacidade e potencial intelectual, mas se não tivermos a capacidade de a converter em riqueza material, será que é valido para os demais? Será que nós, cientes dos valores sociais que nos rodeiam, nos contentamos com esse bem tão imaterial? Então, como é que mantemos o nosso valor, mesmo que seja só para nós?
 

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