Ler Ferreira de Castro 40 Anos Depois

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12.2.13

Sobre as greves

O actual período de contingência tem levado à perda de regalias e diminuição de direitos dos trabalhadores de todas as áreas de acção, seja público ou privado. A situação tem levado à convocação de greves, sendo as mais evidentes as que abrangem os transportes públicos e que consequentemente afetam a vida de milhares de pessoas.

Eu sou uma dessas pessoas.

Apesar da eventual compreensão pelas reivindicações, mas a verdade é que não temos a noção do que isso implica para os trabalhadores, ou por desinteresse ou porque essa realidade não é devidamente retratada pelos media. E o sector mediar mereceria todo um manancial de reflexões.

Eu sou uma das pessoas que não dá a devida atenção aos porquês das greves.

Como as greves dos transportes públicos têm sido frequentes e o seu impacto nas minhas rotinas e organização de tempo são recorrentes, começo a não ter flexibilidade de adaptação e aceitação. A este desgaste devemos acrescentar os recorrentes aumentos dos preços dos bilhetes e a diminuição da oferta de transporte e redução de horários.

Por exemplo, actualmente é impossível utilizar um comboio num dia feriado.

Claro que este tipo de trabalho por turnos deve ser compensado, ou através de um ordenado base meritório ou pelo devido pagamento de horas extraordinárias ou subsídios adequados e devidos. Como já afirmei, não tenho prestado a devida atenção aos porquês da greve, logo desconheço as reivindicações e não perceber ao certo o que estes trabalhadores estão a perder. Como eu, há com certeza muitos cidadãos e a verdade é que continuamos sem perceber é que estas greves nos atingem sem ser no seu efeito imediato de falta ou escassez de comboios.

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